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Criptomoedas: Uma simples retórica ou realidade global? [I]
Ponto de Vista

Criptomoedas: Uma simples retórica ou realidade global? [I]

"Há investidores milionários que, desde há muito tempo, têm aceitado compra ou pagamento, nas suas lojas, com criptomoedas. Isso já acontece com empresas de jogos digitais, como Euro milhões, por exemplo, onde já existe uma opção de pagamento, com esse tipo de moeda. Portanto, só para perceberem que hoje já não é tabu falar de criptomoedas. Até porque, isso já se tornou simpatia [e alguns casos, mesmo negócio] dos grandes magnatas da economia mundial, como o Mister Musk [Elon Musk] ˗ norte americano, da Tesla [marca de carros elétricos], X [ex-Twitter] e Spacex; Ricardo Salinas ˗ Mexicano; Robert Kiyosaki – japonês [autor do Pai Rico, Pai Pobre], entre outros super-ricos. O negócio do cripto produz, a cada dia, carteiras milionárias, tanto no seio dos adolescentes, quanto no dos jovens e menos jovens, fazendo alavancar ou crescer a economia, em determinados países."

[…] Criptomoedas é o futuro. Somos 8 bilhões de pessoas no mundo. Estamos pegando o
começo da revolução financeira. Quem souber enxergar o que nos aguarda no futuro e for forte o
suficiente para se posicionar e chegar lá primeiro, vai colher os frutos dessa grande oportunidade
que estamos tendo hoje. Depois da criação da internet, esse é o marco mais importante da
humidade, ele vai abrir portas que já mais imaginamos que possam ser abertas.

MARYANNE SCHRAMM [S.ano-]. Disponível em.
https://www.google.com/search?q=criptomoedas+frases+c%C3%A9lebres&rlz
[...]. Acesso a 10.06.2024]]

Antes de mais, gostaria de, abrindo um parêntese na primeira pessoa [do singular], reiterar o facto de que, normalmente escrevo, quase sempre, na primeira pessoa do plural, por considerar que demais pessoas ou entidades [responsáveis] partilham e rezam as mesmas ideias, os mesmos princípios e os mesmos valores que transmito ou aliás, que venho transmitindo, ao longo dos tempos, convergindo, deste modo, nessas minhas meras sugestões de desenvolvimento. Digo isto, apenas numa perspetiva de desmistificação das coisas – algo [assunto] que me vejo no direito de esclarecer, evitando, de uma vez por todas, eventuais especulações [interpretações] pouco desejáveis que possam ter surgido ou surgir, em decorrência de meus posicionamentos, nunca ultrapassando as paredes da boa fê.

Devo dizer que eu me sinto muito profissional, tendo, mesmo, optado por exercer a minha condição de funcionário público [de mais de uma década], com muito rigor e profissionalismo, aproveitando para aproveitar cada segundo, cada momento, cada oportunidade que me tem e me é dado, [o que não tenho deixado de a reconhecer], em nome e em defesa da preservação e construção desse capital profissional [profissionalismo], bem como da partilha de conhecimento, num contexto de complementaridade. Isto também numa perspetiva de obtenção de valiosas experiências profissionais, podendo ser útil, nos termos da defesa e proteção de legítimos interesses desta grande nação.

Sim, tudo nos termos de uma possível contribuição para o desenvolvimento deste Estado, ciente do compromisso que tenho e que, se calhar, todos temos para com este maravilhoso país, que apostou muito na nossa educação, na nossa formação académica [em prol da garantia de mobilidade social, traduzindo no desenvolvimento do próprio Estado]. Claro, pelo desenvolvimento de investimentos estruturantes, voltados para esses setores, seja através do patrocínio ou financiamento direto [bolsas de estudo], bem como pelo estabelecimento de parcerias com instituições e/ou países estrangeiros.

É neste sentido que entendo e defendo o exercício do profissionalismo, como sendo um valor supremo, no quadro do desenvolvimento de qualquer Estado. E é isso que tenho aprendido tanto do âmbito familiar da minha educação/formação, quanto do académico. Ser profissional, sobretudo em ambiente laboral é ótimo, constituindo sempre uma mais-valia. Te ajudaria a crescer, imensamente, enquanto tal [indivíduo ou cidadão profissional]. E, neste sentido, como um simples cidadão, sou apartidário daqueles que levam assuntos pessoais ou algo sagrado [importante] para a praça pública, porque os considero imoral, antiético, mas sem estar a condenar ou criticar aqueles que o fazem, sem se perceberem desse ato reprovável, no meu entendimento.

No que concerne ao meu hábito de escrita, já remontando a mais de uma década, digo só falar [escrever] para contribuir, para servir, isto é, para ser útil não só à nação e à sociedade em geral, mas também aos próprios leitores, em particular. Isto significa que não escrevo por escrever, mas o faço para valer, visando ser algo [reconhecível, consumível ou contribuível], mesmo sendo para o proveito de um simples cidadão […]. Sim, irmãos, é isso mesmo!

Sendo assim, considerando o devido respeito que nutro para qualquer outro cabo-verdiano, como eu, diria que ninguém estaria no direito de me interpelar, de forma pouco digna, sobre essas reflexões, estando relacionadas às minhas modestas contribuições, atinentes à arquitetura do desenvolvimento [económico], como bem reconhecem alguns amigos e conhecidos, da minha relação de amizade e confiança, o que aproveito para lhes [vos] agradecer, vivamente. Até porque, venho reconhecendo os ganhos e esforços deste país, assim como de seus destintos governantes, fazendo-nos passar ao estatuto de um PMA [País de Desenvolvimento Médio] com expetativas ou metas claras de alcance de categoria de um PD [País Desenvolvido].

São batalhas política e económica de décadas. Ora, o que venho sublinhando, tem a ver com mais uma espécie de contribuição, voltada para a elevação da nossa performance [geo]económica, mas estando sempre ciente do reconhecimento de trabalhos desenvolvidos, em torno da sofisticação económica, com repercussão positiva, a nível da performance das finanças públicas. E, nada mais do que isso. Resumindo, aqui, esses meus reparos, ou seja, o “Nós” [empregue em diferentes artigos de opinião], seria considerar que outros e outras podem pensar como “Eu”, perante certas abordagens, como é natural.

Posto isso, olhando para esta nova intitulação do texto, gostaríamos de sublinhar que o presente título surge, a partir da referência feita sobre criptomoedas, no mais recente artigo de opinião, alusivo ao Estado e geopolítica, onde pudemos alertar para a importância da regulação do mercado de ativos digitais, como sendo uma oportunidade nobre, em termos de modernização do sistema financeiro nacional. Isto, em virtude do seu valor acrescentado, face à possibilidade do crescimento económico, mas ciente de certos aspetos que Cabo Verde deve ter em consideração, numa perspetiva de desenvolvimento de legislações específicas, em torno da regulação desse mercado, num futuro próximo, como podemos avançar no anterior artigo de opinião, onde pudemos evocar algumas paragens, tendo aproveitado, bastante, das oportunidades oferecidas por esse nobre sistema de investimento, em que, mesmo, algumas nações africanas se têm destacadas nessa esfera inovadora de influência económica.

Neste quadro, numa aproximação ao presente título, comecemos, para um melhor entendimento dessa abordagem conceitual, pela distinção existente entre criptomoedas e moedas digitais, porque a final todas elas são virtuais, estando sujeitas às transações, por via de blockchain, como podemos perceber, inclusive, de referências, então feitas, face à questão de aventuras do mercado “cripto”. Primeiro, para dizer que as criptomoedas são consideradas moedas [ativos] descentralizadas, estando, deste modo, não sujeitas [ou seja, livres] ao controlo do governo, como podemos observar, da leitura do sítio [Cf.: https://3w.mercadobitcoin.com.br, mediante o suporte da Google], enquanto que as moedas digitais estão, necessariamente, submetidas ao controlo ou supervisão do Banco Central [ou seja, do governo], onde elas são emitidas, conforme essa mesma fonte [Acesso a 10.06.024]. Dizer que em alguns países industrializados, já existem projetos-piloto destinados à emissão de moedas [virtuais] digitais, mas a partir de suas moedas oficiais [atenção, estas não são consideradas criptomoedas].

São exemplos, o caso dos EUA, China, Brasil, entre outros Estados. Essas iniciativas governamentais visam prevenir a inflação excessiva e a consequente desvalorização de suas moedas, protegendo suas economias, sobretudo de eventuais choques externos, evitando, assim, o colapso de seus sistemas financeiros. Entretanto, a grande verdade é que as criptomoedas vieram para ficar, sobretudo aquelas que, até o momento, têm garantido uma boa segurança, em matéria de circulação ou transações virtuais.

Estamos a falar, principalmente, do Bitcoin, Ethereum, BNB [os mais populares] e mesmo, Solana, entre outras, uma vez que hoje há um universo de mais de um milhar de criptomoedas, estando disponível em diferentes corretoras. Mas, em que consiste esse tipo de investimento? É com base no movimento trading, por via da seleção de corretoras que oferecem mais segurança, viabilizando [assegurando] esse tipo de investimento, como a já apontada Binance, entre outras corretoras, oferecendo essa oportunidade de negócios. Porém, estamos a falar de apenas espaços geográficos, permitindo o acesso legal a esse género de negócios.

Relativamente a Cabo Verde, já tínhamos pronunciado que aqui, ainda é cedo falar sobre isso, apesar de alguns rearranjos [retóricas ou possíveis preparativos] que possam apontar para uma eventual institucionalização ou regulamentação específica desse mercado, nomeadamente o divulgado, nos meios de comunicação social, programa do governo “Africa On Chain Cabo Verde”, lançado em maio do ano em curso, em parceria com a ONG “1 tribe avalanche” e a Universidade de Cabo Verde, mediante garantias de formação técnico-profissional, no domínio do Web3 e Blockchain, sendo considerado, a nosso ver, linguagens caraterísticas das exigências do mundo “cripto”. Na realidade, em Cabo Verde a ideia a cerca desse tipo de moeda me chegou, particularmente, através da UNICV, mediante a ocorrência de uma conferência ministrada por um professor e investigador sénior desse estabelecimento de ensino superior, o que me tem atraído algum interesse e atenção, embora eu já tivesse familiarizado com essa questão, há muito tempo, sem que me tivesse atraído grande atenção, até a eclosão da pandemia da covid-19, quando passei a sentir a sede de conhecer mais sobre esse moderno universo de investimento.

Desde o seu lançamento em 2009 até os dias de hoje, as criptomoeadas têm ganhado, progressivamente, uma popularidade, de tal forma que, em algumas empresas e países se aceita o pagamento, através dessa categoria monetária. Há investidores milionários que, desde há muito tempo, têm aceitado compra ou pagamento, nas suas lojas, com criptomoedas. Isso já acontece com empresas de jogos digitais, como Euro milhões, por exemplo, onde já existe uma opção de pagamento, com esse tipo de moeda. Portanto, só para perceberem que hoje já não é tabu falar de criptomoedas. Até porque, isso já se tornou simpatia [e alguns casos, mesmo negócio] dos grandes magnatas da economia mundial, como o Mister Musk [Elon Musk] ˗ norte americano, da Tesla [marca de carros elétricos], X [ex-Twitter] e Spacex; Ricardo Salinas ˗ Mexicano; Robert Kiyosaki – japonês [autor do Pai Rico, Pai Pobre], entre outros super-ricos. O negócio do cripto produz, a cada dia, carteiras milionárias, tanto no seio dos adolescentes, quanto no dos jovens e menos jovens, fazendo alavancar ou crescer a economia, em determinados países. Isto, por causa de regulamentos ou responsabilidades fiscais em locais [países] de acessos democráticos a esse sistema económico-financeiro. Falando do aludido bilionário norte-americano, há um boato segundo o qual ele terá apoiado as vítimas da mais recente inundação, ocorrida em Rio Grande do Sul [Brasil], com criptomoedas [BNB], num total de quinhentas [500] unidades, o equivalente a pouco mais de 1 milhão de reais.

Dizer que já está provada a tese de que os ativos digitais oferecem oportunidades milionárias, mormente para quem não teme o risco. Até porque, mesmo na esfera tradicional de investimento, não há nenhum investidor que esteja livre de risco. No ecossistema “cripto”, mesmo aqueles que cedo se ariscaram inexpressivos montantes em dólares, euros ou mesmo reais, hoje estão quase todos milionários e multimilionários. Há casos, mesmo, de adolescentes que se tornaram milionários em escassos períodos de tempo. Podemos encontrá-los, por exemplo, no Brasil, nos EUA e mesmo na Nigéria. Para além de ter feito ninho de novos milionários em todo o mundo, as criptomedas têm contribuído, enormemente, para o saneamento das finanças publicas. Normalmente, em mercados regulamentados, o Estado deduz 28% de taxas de impostos, conforme informação partilhada pelo trader e investidor [Eng.º] José Luís Garcia, com experiência na manutenção ou exploração desse mercado financeiro, o que entendemos constituir um demasiado valor, do ponto de vista fiscal. Mas esse exagero parece não desviar atenção da parte dos mais afortunados, espalhados um pouco por todo mundo. É o caso do acima referido autor do Best Sellers [Mister Kiyosaki] que afirma ser a grande chance de se tornar milionário, por vias de canalização de investimentos no Bitcoin [a moeda mais cotada nesse mercado financeiro] que, segundo ele, pode, em breve quintuplicar de preço, atingindo os USD350.000 [por extenso, Trezentos e Cinquenta Mil dólares americanos] por unidade, antes de pronunciar, noutros termos, que não pode faltar Bitcoin na sua carteira de reserva, uma vez que o ama [Cf.: livecoins.brasil.br. Acesso a 12.06.024].

Estamos a falar de uma moeda que custava menos de 1 dólar, a quanto do seu lançamento em 2009. Eis uma grande revolução financeira, a favor de uma espécie monetária que poderia, se calhar, mesmo não surgir, não fosse a mais severa crise económica mundial, depois da grande depressão de 1929. Também já está provada, mais do que nunca, a tese de Albert Einstein [o prémio nobel da física], segundo a qual, é da crise que nascem [surgem] as oportunidades. Por isso, não é à toda que alguns países têm procurado aproveitar dessas ondas de oportunidades existentes, regulamentando o mercado, ou pelo menos, facilitando esse investimento, no seio de seus cidadãos. Em África, a Nigéria embora tivesse mergulhado na mais recente crise de desvalorização do naira [moeda nacional], em algum momento viu os seus investidores beneficiarem muito com o Bitcoin; a África do Sul, onde existe legislação favorável ao crescimento de moedas virtuais, as criptomoeadas tornaram-se moda.

Deste modo, respondendo, literalmente, à intitulação do presente artigo de opinião, diríamos, sem sombras de dúvidas, que as criptomoedas já passaram de retórica à realidade, isto é um investimento seguro, sendo dotado de um grande poder de mobilidade ou transformação financeira, não só no seio dos aventureiros e potenciais investidores, mas também do próprio Estado, a curto ou médio prazo. E, com essa colocação, ajoelhamos à frente da Mrs Maryanne Shramm, dando-lhe razão pelo seu pensamento, expresso no início do texto, invocando sobre a necessidade de aproveitamento das oportunidades que o sistema cripto nos oferece, pela segurança e viabilidade desse tipo de investimento.

Lembremos que hoje em dia, mais de ½ bilião de pessoas em todo o mundo já se ocupa desse género de investimento. Isso, irmãos, só para termos uma ideia da dimensão de atratividade dessa espécie de negócios digitais. Não, não. Apesar de muito sonhado com essa aventura milionária, ainda não faço parte desse universo estatístico. Vamos, por enquanto, ficar, em primeiro, à espreita de uma oportunidade em termos de autoformação, direcionada para o sistema “trading”, antes de pensarmos numa eventual possibilidade de regulação desse mercado que, como podemos avançar, não é fácil que isso venha a acontecer, em casa, nos próximos tempos, considerando alguns entraves relacionados com a condição física ou estrutural deste arquipélago. E por isso, não alimentemos expetativas, com relação a essa aventura de negócio.

E para concluir, retomando referências à primeira pessoa do singular, com as quais havíamos iniciado esta reflexão, para dizer que o que, verdadeiramente, sei fazer é transmitir algo positivo, com caráter transformador, voltado para o desenvolvimento, de um modo geral. E, neste caso particular, esse enfoque inerente às criptomoedas, serve de exemplo em termos de identificação do caminho certo, face à garantia da liberdade financeira. Imaginem, quantas dezenas ou mesmo centenas de nossos irmãos, espalhados por esses 7 países do grupo “PALOP”, vão tornar-se milionários, dessa minha motivação pessoal de negócio, de investimento? Risos [maz é um kuza seriu]. Veja que o jornal Santiago Magazine é um meio de comunicação de referência internacional, sendo bastante conhecido, no seio da CPLP.

Praia, 16 de Junho de 2024

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