Cultura

Segundo anunciou, em comunicado, trata-se de uma oportunidade "para reforçar os laços entre África, Europa e os artistas do sul global".

"Com 25 minutos de duração, `Noya´ junta a dança tradicional cabo-verdiana `colá son jon´ a ritmos e estéticas afro urbanas e afro futuristas", com o objetivo de "recriar as tradições do passado com um olhar para o futuro", explicou.

A presença do artista no festival internacional de teatro de dança Zawirowania, no domingo, em Varsóvia, "marca um ponto alto da sua trajetória recente, estreitando os laços entre África, Europa e o movimento global de artistas do sul que reinventam o corpo e a cena".

A palavra `Noya´, em crioulo cabo-verdiano, pode significar "algo admirável ou estranho".

Essa ambiguidade, "atravessa todo o espetáculo, que dá voz a vários textos de autores cabo-verdianos".

No seu trabalho, o artista vê o "corpo como uma força cheia de potencial, capaz de reenquadrar símbolos e reacender outros imaginários para a cultura cabo-verdiana".

Além da estreia no festival, Djam Neguin vai orientar o workshop `Re Rutz´, uma prática corporal que já foi apresentada em Portugal, Brasil, Angola e Colômbia.

Esta proposta convida os participantes a reconectarem-se com o próprio corpo e com o chão, num exercício simbólico e ritual.

O Festival Zawirowania, criado em 2005, é um dos mais importantes festivais de dança contemporânea da Polónia e da Europa Central.

Reúne artistas de todo o mundo e destaca propostas inovadoras que cruzam várias formas de arte e pensamento crítico.