O presidente do MpD, Ulisses Correia e Silva, formalizou esta quarta-feira, 8 de Janeiro, a sua recandidatura à frente do partido como candidato único. As eleições acontecem no dia 9 de Fevereiro.
As assinaturas foram entregues ao presidente do Gabinete de Apoio ao Processo Eleitoral (GAPE) do MpD, Mário Fernandes, pelo mandatário nacional da candidatura, Fernando Elísio Freire, que é também vice-presidente do MpD e ministro de Estado.
Além das assinaturas dos militantes, que segundo os estatutos do partido são no mínimo 250 - Elísio Freire disse que foram conseguidas "milhares" - o mandatário entregou ainda a Moção de Estratégia de Ulisses Correia e Silva para as eleições internas de 9 de Fevereiro.
Segundo o político, a moção de estratégia "Por um Cabo Verde positivo e desenvolvido" reforça os compromissos com o país e faz uma "alusão muito forte" a um Cabo Verde global, aberto ao mundo e resiliente.
Nas duas primeiras eleições, Correia e Silva concorreu sozinho e conseguiu 98% dos votos em 2013 (substituindo Carlos Veiga) e 99% em 2017 e o mandatário nacional disse que o objectivo é ter novamente a confiança dos cerca de 30 mil militantes e um "resultado muito forte e robusto".
Antigo presidente da Câmara da Praia, secretário de Estado das Finanças e depois ministro das Finanças, Ulisses Correia e Silva, de 57 anos, lidera o Governo cabo-verdiano desde 2016 e é presidente do MpD desde junho de 2013.
A formalização da candidatura a um novo mandato foi feita no dia em que terminou o prazo legal, sendo que Ulisses Correia e Silva é até ao momento o único candidato e Fernando Elísio Freire disse acreditar que será lista única. "Neste momento, o MpD está mobilizado à volta da liderança de Ulisses Correia e Silva, portanto, acredito que será uma lista única", reforçou, salientando que o processo foi transparente, aberto e todos os militantes tiveram oportunidade de se expressar.
O mandatário e vice-presidente do partido ventoinha disse que a falta de concorrência interna é sinal que todos os militantes estão satisfeitos com a liderança de Correia e Silva, que "está a levar Cabo Verde para patamares de desenvolvimento muito consistentes e muitos fortes".
"É o sentimento não só dentro dos militantes, mas dos cabo-verdianos, é melhor continuarmos com esta liderança do MpD, porque é a liderança que está a permitir a Cabo Verde mudança de atitude, novo comportamento, nova forma de se relacionar com o poder, permitir que as famílias tenham hoje mais educação, mais rendimento e permitir que o país cresça muito mais do que crescia há três anos", justificou Fernando Elísio Freire.
Depois da eleição do presidente, o MpD vai realizar a sua XII convenção nacional, entre os dias 06 e 07 de março, para eleger os órgãos do partido.
Cabo Verde realiza este ano eleições autárquicas, no segundo semestre, e em 2021 legislativas e presidenciais.
Com Lusa
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