O autarca da Praia acusou hoje o Governo de ter excluído a câmara municipal do próprio país, afirmando que isto é "antidemocrático, um ataque feroz à democracia e um total desrespeito pelos resultados que saíram das urnas".
Francisco Carvalho fez estas acusações ao Governo quando questionado pela imprensa se possui algumas informações sobre o projecto Djeu, tendo advertido que o questionamento deve ser feito ao Governo.
“O Governo é que tem apresentado projectos, iniciativas, nós estamos a trabalhar ao nível interno, mas não vamos falar agora sobre coisas que nós não temos de uma forma concreta”, frisou, assegurando, entretanto, que muito brevemente a Câmara Municipal da Praia vai ter uma posição muito concreta sobre o referido projecto.
Pois, avançou, até o momento a autarquia não tem nenhuma informação porque “o Governo da República decidiu excluir a Câmara Municipal da Praia do próprio país”, disse o autarca, para quem esta postura vai continuar assim até o final deste mandato.
“E no próximo mandato também. O Governo exclui a Câmara Municipal da Praia de toda e qualquer iniciativa relacionada com este país. O que é, de facto, antidemocrático, o que é de facto um ataque feroz à democracia, e um total desrespeito pelos resultados que saíram das urnas”, denunciou.
Francisco Carvalho disse ainda ser inacreditável quando o primeiro-ministro diz que "tem de ganhar uma câmara custe o que custar".
“Isto de facto é uma grande violência, é de um grande incitamento à violência e não é admissível em democracia, e estamos todos chamados a defender a democracia na minha perspectiva enquanto presidente da Câmara Municipal da Praia”, considerou.
Segundo afiançou, a autarquia praiense é "amiga" de todas as classes sociais que existem na sociedade cabo-verdiana "sem qualquer tipo de preconceito", e uma câmara moderna com uma mentalidade totalmente aberta ao mundo e à diversidade.
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