CVA. Governo vai nomear novo Conselho de Administração e iniciar reestruturação da companhia
Política

CVA. Governo vai nomear novo Conselho de Administração e iniciar reestruturação da companhia

O ministro do Turismo e Transportes, Carlos Santos, anuncia que o Governo irá “brevemente” nomear o novo conselho da administração da Cabo Verde Airlines (CVA) e iniciar a fase de reestruturação e redimensionamento da companhia.

Segundo Carlos Santos, em Março deste ano o Governo teve a preocupação, juntamente com o parceiro Loftleidir Icelandic de encontrar solução para o reinício e a viabilização da companhia aérea, através da assinatura de um acordo, que consistia num conjunto de cedências de ambas as partes para o cumprimento dos objectivos.

Só que, decorridos 60 dias de assinatura desse acordo e feita a avaliação daquilo que era a obrigação das partes, o Governo, frisou o ministro, entendeu que estaria em risco se continuasse a manter o acordo e a viabilização futura da companhia também estaria em risco, daí a decisão de reverter a privatização dos 51% do capital da Cabo Verde Airlines que está na posse da Icelandic.

“E a partir deste momento, nós queremos retomar as rédeas da companhia, nomear um novo Conselho da Administração e começar uma outra fase que será uma fase de redimensionamento da companhia tendo em conta a realidade do mercado que existe neste momento e a partir daí iniciar um novo processo de privatização”, adiantou.

Carlos Santos realçou, no entanto, que estes passos serão dados paulatinamente de forma a “salvar a companhia aérea”, isto porque, sustentou, o Governo entendeu que a CVA tem “um papel importante” no desenvolvimento do turismo sustentável, diversificado e que beneficie as empresas e famílias cabo-verdianas.

Na semana passada, o primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, anunciou a decisão do Governo de reverter a privatização dos 51% do capital da Cabo Verde Airlines que está na posse da Icelandic, com o argumento de que o parceiro estratégico não está a cumprir com as suas responsabilidades.

Na sexta-feira, 25, a ministra da presidência do Conselho de Ministros, Filomena Gonçalves, confirmou que o Governo pediu o arresto do único avião da companhia para servir como garantia para pagar as dívidas da companhia junto de credores e fornecedores.

Na altura, acrescentou ainda que é pelo facto de o Governo ter estado a acompanhar toda a tramitação do processo que chegou à conclusão que, neste momento, o parceiro “não está em condições de respeitar todas as cláusulas contratuais”.

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