Quando uma esmagadora maioria da população apoia um candidato que inventa desculpas para justificar os seus fracassos ao longo de oito anos, ou esse candidato é um hábil ilusionista, ou estamos perante uma sociedade que prefere fingir, em vez de admitir que vive numa ilusão e que escolheu um incompetente. Enquanto não começarmos a avaliar de forma crítica as declarações dos políticos, permitiremos que a mentira se transforme numa qualidade.
Afirmação da ativista cultural, Ana Maria Fonseca Delgado, ou simplesmente Any Delgado, uma cabo-verdiana que vive na diáspora desde os 18 meses, primeiro em Portugal, até aos 45 anos, e nos últimos 6 anos na Holanda. Natural de São Vicente, onde nasceu em 1971, Any Delgado afirma que para o atual governo a diáspora é apenas “números e cifrões”.
Com muitos projetos financiados pelo Fundo do Ambiente, o actual executivo camarário, não conseguiu apresentar um único projecto para acabar com a lixeira na Ilha mais turística de Cabo Verde ou para eles o desenvolvimento resumiu-se a calçadas e asfalto. Fazer política requer força de vontade, trabalho e conhecimento, coisas que estão em falta por estes lados.
Nenhum investidor nacional ou estrangeiro investe no turismo na ilha por caridade. Investem porque confiam que o seu investimento tem retorno. No dia em que acharem que não, desistem do País e procuram outro destino. Infelizmente, nem todos de livre e espontânea vontade adotam um comportamento responsável na certeza que o retorno é tanto maior quanto melhor for o comprometimento de todos na defesa, preservação e valorização do nosso património natural e ambiental. Por isso o País tem uma administração local, uma administração central, um governo, um parlamento nacional, eleitos...
1. No dia 20 de março, alunos e professores foram para a casa, numa antecipação de quatro dias das férias da Páscoa. As justificações apresentadas foram confusas e tímidas. Deu para perceber que havia algum desnorte no seio dos responsáveis pelo sistema educativo e, consequentemente, no seio do Governo. Agora, confirma-se: o Ministério da Educação está a dar mostras de não conhecer a realidade do país e – não sei o que será pior – veio comprovar o quão está longe de entender o alcance desta situação de pandemia que se está a viver;
Na era do populismo e da demagogia, os governos actuais adoptaram como self defense um ataque feroz à imprensa independente, chamando tudo o que não lhes agrada de fake news. O Governo de Ulisses Correia e Silva seguiu esta corrente e vem hostilizando jornais privados, como Santiago Magazine, numa infeliz tentativa de desacretidar os órgãos e os seus jornalistas. Mas, afinal, quem está a mentir? Chegamos, pois, à pós-verdade.