Arnaldo Silva, advogado e antigo secretário de Estado Adjunto do primeiro-ministro na década de 1990, foi detido ontem, quarta-feira, pela Polícia Judiciária, no seguimento de um mandado do Ministério Público por supostos indícios de burla, falsificação de documentos e associação criminosa. Silva, que passou a noite na PJ, deve ser apresentado hoje ao Tribunal para legalização da prisão.
A Procuradoria-Geral da República esclarece que para além de Arnaldo Silva, as diligências de instrução até agora realizadas permitiram a identificação de mais seis suspeitos, todos pessoas singulares. E, sim, os crimes estão relacionados com a venda de terrenos na Praia como Santiago Magazine tinha anunciado.
O Tribunal da Praia aplicou Termo de Identidade e Residência a Arnaldo Silva, como medida de coação por indícios de práticas ilícitas na compra e venda de terrenos da Praia. Silva fica também proibido de sair do país e está interditado de estabalecer qualquer contacto com os outros seis suspeitos deste processo cuja identidade ainda está sob segredo de justiça.
O Platô transformou-se nestes últimos tempos num centro público de lavagem de dinheiro e branqueamento de capital. Tudo ao gosto do freguês. Consta que até armas de fogo e munições circulam tranquilamente entre os “feirantes”. Ou melhor, entre quem vende e quem compra. Tudo isto acontece à luz do dia e é do conhecimento de cidadãos e instituições.
O Tribunal da Praia mandou para a prisão preventiva mais um suspeito da “Operação Tróia”, um outro ficou sob termo de identidade e residência e mais um deverá ser ouvido pelo juiz esta sexta-feira, revelou fonte judicial.
Um indivíduo suspeito de agressão a tiro contra quatro civis e três policiais, na localidade de Principal, concelho de São Miguel, vai aguardar os trâmites ulteriores do processo em prisão preventiva, decretou o Tribunal da Comarca do Tarrafal.