Em Foco

Formado numa acção de formação realizada de 03 a 28 deste mês, na III Região Militar em Achada Limpo, Praia, o pelotão de controlo de tumultos, segundo avançou o chefe do Estado Maior das Forças Armadas nesta cerimónia, presenciada pelo chefe do Estado Maior do Exército português, general Eduardo Mendes Ferrão, afigura-se como “momento de particular relevância”.

O contra-almirante António Duarte Monteiro sublinhou a consolidação desta “parceria da excelência militar, existente entre as duas instituições castrenses, com destaque para o domínio da formação militar”, salientando que esta cooperação se encontra em dois pilares essenciais.

“O primeiro relaciona-se com o tratado de fiscalização conjunta de espaço marítimo sob a jurisdição ou soberania da República de Cabo Verde, que tem possibilitado uma cooperação efectiva no campo da segurança marítima com a presença de navios, aeronaves da Força Aérea de Portugal…na extensa zona exclusiva de Cabo Verde”, enfatizou.

O segundo pilar, o Programa Quadro 2021-2026, explicitou, contempla dois projectos estruturantes na cooperação técnica militar, com resultados frutíferos como o primeiro curso de capitão em 2023, do primeiro curso de promoção de sargento chefe, a capacitação de psicologia militar de entre várias outras acções.

Este curso capacita os formados na gestão de multidões e na preservação da ordem pública em contexto de elevada complexidade, mas também projecta as Forças Armadas para uma posição e maior credibilidade e interoperabilidade em missões internacionais em manutenção da paz e segurança cooperativa.

Esta formação, adiantou António Monteiro, vai ser replicada na I e na II Região Militar, respectivamente, São Vicente e Sal.

Já em representação do exército português, que contou com três instrutores na frente desta formação, o coronel José Manuel Tavares enalteceu a importância e a relevância das Forças Armadas passar a contar com o seu pelotão de controlo de tumultos, e ressaltou o histórico da cooperação entre os dois países e povos.

Este curso, referiu, permitiu habilitar os formados em técnicas e tácticas de controlo de tumultos, a fim de capacitar os formandos a actuar em cenários híbridos de conflitualidade, nomeadamente através da manutenção da ordem pública, “quando solicitado no quadro da Constituição e da lei”.