Cabo Verde chama privados para construir e operar centrais solares em duas ilhas
Economia

Cabo Verde chama privados para construir e operar centrais solares em duas ilhas

O Governo prevê que privados avancem até o mês de Maio com a construção de duas centrais solares, nas ilhas do Sal e de São Vicente, numa capacidade total de produção de eletricidade de 10 MegaWatts (MW).

A informação consta do concurso público internacional para atribuição de capacidade de recepção na rede para duas centrais solares fotovoltaicas, cada uma com uma capacidade de 5MW, o qual arrancou no dia 31 de Dezembro, através da Direção Nacional de Indústria, Comércio e Energia (DNICE).

O concurso, segundo a mesma informação, consultada hoje pela Lusa, envolve a solicitação para Manifestação de Interesse (SMI) para “mobilizar promotores, consórcios ou ‘joint ventures’ do setor privado para desenhar, projetar, construir, comissionar, financiar, possuir, operar e manter” as duas centrais, em regime de produtores independentes. As duas centrais serão instaladas em Santa Maria, ilha do Sal, e em Salamansa, ilha de São Vicente.

A apresentação de propostas decorre até 31 de Janeiro e todo o processo de seleção, segundo o calendário do concurso, deverá estar concluído até 15 de maio. Estas duas centrais, cuja produção elétrica será adquirida para injeção na rede nacional, inserem-no no Plano de Desenvolvimento Sustentável (PDES) preparado pelo Governo, que define a meta de penetração das energias renováveis de mais de 50% até 2030.

A produção de eletricidade em Cabo Verde através da empresa pública Electra repartia-se no final de 2018 por 11 centrais térmicas, um parque eólico e dois parques solares, acrescidos de quatro parques de produtores independentes. A potência disponível do parque produtor da Electra, segundo informação da própria empresa, totalizava no final daquele ano 132 MW, repartida pelas centrais térmica 124,664 MW (94,4 %), centrais eólicas 0,6 MW (0,5%) e solar 6,750 MW (5,1%).

A produção de eletricidade em Cabo Verde no ano de 2018 atingiu os 429,6 GWh, sendo 79,2% de origem térmica, 18,7% eólica e 2,1% solar.

Com Lusa

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