Uma nota oficial da Polícia Judiciária dá conta que os 4 corpos encontrados na piroga que deu à consta na ilha de Santiago pertencem a pescadores senegaleses, não se tratando, por isso, de imigração ilegal.
A nota da PJ cabo-verdiana estriba-se nas informações que a Embaixada do Senegal na cidade da Praia disponibilizou e que confirmam esta notícia.
“Das diligências desencadeadas junto da Embaixada do Senegal na Praia, a PJ tomou conhecimento de que um grupo de sete pescadores teria saído da cidade de San Louis, no norte do Senegal, no passado dia 9 de dezembro de 2018, para pescar na zona da Mauritânia, sendo a data prevista para o regresso o dia 14 do mesmo mês”, regista a referida nota acrescentando que “no dia 18 de dezembro, não tendo a embarcação regressada, as autoridades senegalesas deram-na por desaparecida, iniciando, imediatamente, as buscas entre as zonas do Senegal e da Mauritânia”.
Para facilitar a identificação das vítimas, a Embaixada do Senegal na Praia facultou à PJ as identidades e as fotografias dos sete desaparecidos.
A Polícia Judiciária foi informada, na manhã do dia 8 de janeiro, de uma embarcação a deriva, supostamente contendo quatro corpos, nos arredores do Tarrafal de Santiago, lugar de mar revolto, acessível apenas a barcos de médio e grande porte.
A embarcação de nome e matrícula “2018/SERIGME FALLOU MBACKE – 37672”, foi rebocada, no mesmo dia, por um barco de pesca semi-industrial, denominado de “Cidadela” para o cais da Praia, onde foi possível certificar que a mesma trazia no seu interior quatro cadáveres, de indivíduos do sexo masculino.
A embarcação continha depósitos, que se presumem ser de água, mas não tinha vestígios de comidas, nem mecanismo de suporte de remo e nem tão pouco motor, apesar de dispor de suporte para motor.
Os corpos foram removidos para a casa mortuária do Hospital Agostinho Neto (HAN) onde se procederam, no dia seguinte, as autópsias, das quias se concluíram que um dos indivíduos teria morrido no mesmo dia em que a embarcação foi encontrada e que as causas das mortes foram fome e desidratação.
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