Ponto de Vista

Marco Aurélio, célere filosofo e imperador romano, uma vez disse que “é a mudança que mantêm a existência do mundo, nos elementos e nas coisas que estes compõem”. É certo de que a mudança é algo que deve sempre ser encarado com otimismo em todos os sectores da vida pública e política.

A mudança na vida política é sempre bem-vinda. Ainda mais quando quem propor essa mudança tem a intenção de priorizar valores supremos da vida e, acima de tudo, priorizar as pessoas.

Estando todos nós à beira de mais uma etapa eleitoral em Cabo verde, concretamente as eleições autárquicas, os maiores partidos políticos já posicionados, apresentando as suas cabeças de lista, a bola logo passará para os eleitores, que terão de escolher entre as diversas opções.

Em Santa Catarina, os eleitores terão de escolher entre continuidade do status quo (mais do mesmo) ou um projeto que priorize as pessoas, que priorize todos os Santa catarinenses. Digo isso porque não é difícil vislumbrar que nos últimos 12 anos, os santa catarinenses não foram as prioridades das políticas públicas por parte da edilidade local, talvez pelo mero complexo ideológico do partido que a sustente, e não há nenhum sinal de mudança.

É também escolher entre viver de promessas de campanha, de obras faraónicas que nunca passaram de maquetes e de projetos ( a titulo de exemplo­ podemos mencionar o campo relvado de Bombardeiro, de Chão de Tanque, de Rincão, da Ribeira da Barca, o estádio municipal, o polivalente coberto de Achada Lém, entre outras projetos que não passaram de promessas de campanha) ou optarem por uma mudança que lhes dê garantia de uma nova largada de desenvolvimento em Santa Catarina, desenvolvimento este que será abrangente a todas as localidades do município e que de certeza todos terão a oportunidade de participar no processo de desenvolvimento local.

E sem uma mudança clara de políticas e de prioridades, o caminho será certamente o mesmo e, considerando que Santa Catarina, hoje, não é o município que outrora foi, uma vez que anda perdendo o seu lugar de destaque no panorama nacional, urgi mudar, urgi priorizar os santa-catarinenses acima de quaisquer outras preferências. Só assim Santa Catarina estará em condições de reaver o lugar de destaque que lhe pertence.

A mudança que Santa Catarina almeja e necessita deve estar ancorada nos princípios fundamentais que norteiam qualquer sociedade, principalmente o da igualdade.

Princípio este, que se assenta na necessidade de promover a equidade entre todas as localidades do concelho, como entre todos os seus munícipes, dando a todos a mesma oportunidade de participar no desenvolvimento do município.

Só com respeito ao princípio supracitado se pode alcançar o desenvolvimento socioeconómico equilibrado e equitativo de todas as localidades do município, valorizar o seu capital físico e a sua diversidade. Isso não é nada mais do que o chamado coesão territorial.

Só com uma mudança de política é possível garantir o acesso da população a equipamentos e serviços coletivos básicos de qualidade, bem como os perfis conducentes a uma maior inclusão social e a eficácia das políticas públicas, permitindo melhorar a qualidade de vida e a redução das disparidades territoriais.

Visto isso, fica claro que a escolha dos santa catarinenses deve ser uma aposta clara na mudança. Devemos isso a Santa Catarina. Disse.