Covid-19. Governo cogita suspender aulas
Política

Covid-19. Governo cogita suspender aulas

O Governo vai reunir-se na próxima semana para avaliar a necessidade da suspensão ou não das aulas, devido ao aumento do número de casos da covid-19 no País, conforme solicitado pelo Sindicato Nacional dos Professores (Sindprof).

A informação foi avançada hoje pelo ministro da Saúde e da Segurança Social, Arlindo do Rosário, que indicou que, à semelhança do que aconteceu aquando da abertura das aulas em Outubro, o Governo vai também analisar esta questão num encontro envolvendo responsáveis da Educação, da Saúde e dos sindicatos.

“Portanto, houve uma discussão muito participativa e foi com base nos subsídios e nas recomendações desta reunião que o Governo tomou a decisão de avançar pela abertura.   Da mesma forma que fizemos nessa altura, iremos fazer desta vez”, disse, em conversa com os jornalistas na sessão de apresentação do estudo sobre Comportamentos Atitudes de Práticas em relação à covid-19.

Neste sentido, sem precisar a data certa para reunião, adiantou que na próxima semana será promovido um encontro, na mesma linha e com o mesmo formato para uma análise assente em “evidências”

“Vamos avaliar qual é a situação a nível nacional, qual é a situação em cada concelho, e em função das informações que serão prestadas pela Direcção Nacional de Saúde, pelo Instituto Nacional de Saúde Pública e todo o núcleo que tem estado a fazer face a esta situação, decidir”, explicou.

O Sindprof exortou quinta-feira, 06, o Ministério da Educação a encerrar todas as escolas do País devido ao agravamento do número de casos de covid-19 no último mês e pediu a vacinação dos professores.

Numa nota publicada na sua página oficial na rede social Facebook, o sindicato cabo-verdiano sublinhou que o encerramento das aulas no ano lectivo anterior foi “uma medida assertiva” que levou à diminuição dos casos de covid-19 no país.

De acordo com o sindicato, neste momento há “muitos professores e alunos infectados”, entendendo, por isso, que é preciso agir, “antes que seja tarde”.

O sindicato defendeu ainda que já é hora de pensar na vacinação dos professores. “Grande parte dos professores acarretam sérios problemas de saúde, estando, também, neste momento, em perigo, já que trabalham com dezenas de alunos numa turma”, apontou.

O Sindprof manifestou ainda a sua disponibilidade para cooperar com as delegações escolares e, também, com as autoridades sanitárias e da saúde.

A mesma responsável garantiu igualmente que o encerramento de quatro escolas, das quais duas já reabriram, não vai implicar alargamento do calendário do ano lectivo, previsto para terminar em Junho, excepto para o 12.º ano, que termina na próxima semana, seguindo-se os exames.

Quarta-feira, 05, Cabo Verde bateu um novo recorde, com 417 casos de infecção pelo novo coronavírus.

De acordo com o Ministério da Saúde e da Segurança Social,  o País conta com um acumulado de 25.526 casos positivos, dos quais 22.105 foram declarados casos recuperados e 230 morreram.

O Governo decretou a 30 de Abril a situação de calamidade em todas as ilhas, excepto na ilha Brava, para 30 dias, agravando medidas de limitação de actividades com aglomerações de pessoas, face ao aumento dos novos casos de covid-19.

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