Ensino Superior em África: Realidades e Desafios

A comunidade local ou a região, onde se insere uma Universidade, deve ser vista como um laboratório para projetos de investigação, mas também como meio que proporciona possibilidade de experiências de trabalho para os estudantes; e um potencial fonte de recursos financeiros para aumentar a competitividade global da Universidade (OCDE, 2007, cit. por Ransom, 2024). Para autores como Ransom (2024), esta representação da região, como uma fonte de oportunidades para a Universidade, ao invés de um parceiro igualitário, foi talvez mais subtil na prática, embora a diversificação...

 “’O Manual de Língua e Cultura Cabo-verdianas’ inventou um sistema que não existia e que traz confusão a professores e alunos. Devia ser retirado das escolas”

O linguista, investigador, autor e professor de crioulo, Hans-Peter (Lonha) Heilmar critica o primeiro Manual de Língua e Cultura Cabo-verdianas’, introduzido pela primeira vez no sistema educativo em Cabo Verde para alunos do 10º ano de escolaridade, desde o ano lectivo 2023/2024, por trazer uma ‘invenção’ fora dos padrões pedagógicos: o ensino da escrita do crioulo misturando, de forma precipitada, todas as variantes de uma vez.

Manual de L&CCV do 10.º ano: estamos a fugir dos caminhos. Nem escrita pandialetal, nem contra-ataque à sociedade civil nos fazem avançar

Acredito que o futuro da língua cabo-verdiana na escola depende menos de confrontos e mais de investigação partilhada, sensibilidade cultural e maturidade institucional. Por isso, reafirmo: a proposta de escrita pandialetal deve ser retirada do manual, pois constitui uma tentativa de padronização. Já existe um instrumento oficial — o Alfabeto Cabo-verdiano, flexível e representativo. Que o aperfeiçoemos juntos — sem atalhos, sem imposições, sem máscaras — se, de fato, a proposta das autoras visava ser apenas uma nova forma de escrita. Não sei como, mas a experimentação —...

Ignorância tem açúcar! (Porque às vezes é doce ficar burro... até levar a dentada de um livro.)

Dizia-se que era leitor assíduo de Cheikh Anta Diop. Mas era só o caderno de dívidas do bar. Cada copo fiado, uma linha. Cada calote, uma repetição obsessiva da única frase que aprendeu a escrever: “Liketi ki fia.” Quando tentou levar o caso à justiça, o juiz, também devedor, devolveu-lhe o caderno com o sarcasmo burocrático de quem carimba sonhos em papel higiênico: — Isto não é prova. — Mas é testemunho, respondeu ele.

MpD enaltece ganhos do Governo na Educação com oposição a sugerir novas respostas para o sector

O MpD enalteceu hoje, no parlamento, os ganhos do Governo no sector da Educação, com “reformas abrangentes”, mas com a oposição a sugerir novas resposta ao sector.

Entre o Thug e o Trauma: O que está por trás da delinquência juvenil na Cidade da Praia não é resistência consciente. É confusão

O problema não é apenas a pobreza ou a influência estrangeira. Está mais perto de nós: nos lares partidos, nas feridas emocionais não tratadas, e na passividade das instituições. A ciência confirma isso. Winnicott e Siegel mostram como a ausência de vínculos afetivos seguros, sobretudo da figura paterna simbólica, compromete o amadurecimento emocional e moral. O “thuglife”, longe de ser um ato consciente de resistência, é, muitas vezes, uma expressão confusa de carência afetiva e cognitiva.

MANUAL DO 10.º ANO DE LÍNGUA E CULTURA CABO-VERDIANA – NOTA DE ESCLARECIMENTO 

...a Equipa repudia veementemente as calúnias pessoais proferidas por vozes autoritárias, bairristas, xenófobas e profundamente misóginas, as quais responderão, oportunamente, no fórum apropriado e nos termos da lei. A Equipa reitera o seu compromisso em continuar a trabalhar em prol da valorização e promoção efetiva da LCV, pela via da sua oficialização, ensino e investigação.