O contrato de compra e venda de 51% de ações da TACV Internacional já foi assinado entre o Governo e Loftleidir Cabo Verde, subsidiária da Loftleidir Icelandic. Tudo confidencial. Ninguém sabe por quanto foi vendido e nem os termos em que tal negócio foi feito. O governo não dá cavaco a ninguém, mas pede que o país festeja com ele. Assim, sem mais nem menos.
Fontes do jornal Santiago Magazine garantem que a CVTelecom não está de boa saúde financeira, e que o Conselho Diretivo da empresa, na sua última reunião realizada neste mês de fevereiro, terá deliberado pela entrada do INPS e um grupo de empresários no capital social, repartindo pelo meio os 40% de acções da operadora brasileira, Oi, hoje em litígio. Ou seja, o INPS poderia assumir 20% e os restantes 20% ficariam com um grupo de empresários, cuja identidade as fontes deste diário digital não revelaram.
Na semana em que a Oposição no Parlamento questionou o Governo sobre o estado da comunicação social, Carlos Santos, presidente da Associação dos Jornalistas de Cabo Verde, que também é sindicato da classe, faz o diagnóstico do sector, prognosticando tempos difíceis até o fim do mandato deste Executivo, alertando que “nenhum Governo deveria assenhorear-se da RTC como uma coutada, é um serviço público.”
O primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, volta hoje ao parlamento para o debate mensal com os deputados da Nação sobre a situação social e ambiental do país, sob proposta da União Cabo-Verdiana Independente e Democrática (UCID).
O primeiro-ministro (PM) revelou hoje que o seu Governo transferiu entre 2016 e 2018 uma “média anual de 7,1 milhões de contos” para resolver os problemas sociais, contra uma média de 5,1 milhões por ano do Governo do PAICV.
A União Cabo-Verdiana Independente Democrática (UCID), classifica de “crítica” a situação social em Cabo Verde e pede que o Governo clarifique as regras do programa de requalificação urbana e acessibilidades (PRRA), em fase de execução.
Surreal a pergunta em título. Mas ganha legitimidade e fundamento quando as declarações de uma governante, no caso Eunice Silva, ministra das Infraestruturas e da Habitação, e da oposição, no caso presidente do PAICV, Janira Hopffer Almada, se convergem no sentido de que o governo pretende esconder cerca de 400 mil contos destinados ao financiamento do Programa de Requalificação, Reabilitação e Acessibilidades (PRRA) ao controle do Tribunal de Contas. Sim, ganha legitimidade e fundamento, quando são os próprios órgãos do poder do Estado - que criam as leis - a inventar...