O membro da defesa de Alex Saab, Geraldo Almeida, disse hoje que a questão de motivação política está “amplamente” demonstrada na detenção do empresário colombiano. Estas declarações foram feitas à saída de uma audiência no Tribunal Constitucional.
O empresário colombiano Alex Saab, detido há mais de um ano em Cabo Verde, disse hoje que quer ser ouvido pelos tribunais do país, para contar a sua história ao recurso à decisão de extradição para os Estados Unidos.
Eu estou, como qualquer humano estaria, rasgado por sentimentos complexos e contrastantes misturando pavor e esperança, porque este Momento Judicial é sobre a minha liberdade, a minha dignidade e a minha própria vida. Mas com o maior respeito, não é apenas o meu destino que deve ser decidido, pois o futuro de Cabo Verde, também está em jogo. Posso esperar e rezar para que os nossos destinos não sejam ambos sacrificados no altar do expediente político.
O empresário colombiano Alex Saab, detido há mais de um ano em Cabo Verde, apresentou queixa-crime contra o Procurador-Geral da República (PGR), um procurador regional e dois inspetores da Polícia Judiciária (PJ), foi hoje anunciado.
A decisão sobre o recurso de Alex Saab, considerado testa-de-ferro de Nicolás Maduro, à decisão de extradição para os Estados Unidos deverá ser conhecida sete dias após a audiência de julgamento que acontece na sexta-feira, 13, disse hoje fonte oficial do Tribunal Constitucional.
A equipa de defesa de Alex Saab insiste em como Cabo Verde vem violando deliberadamente "um conjunto de normas internacionais" para não só manter o empresário e diplomata venezuelano, como aprovar a sua extradição para os Estados Unidos, país que o acusa de lavagem de dinheiro e de ser testa-de-ferro de Nicolás Maduro. O Tribunal Constitucional vai julgar este caso na próxima sexta-feira, 13, semanas depois de o procurador geral da República ter admitido que houve confusão de nomes aquando do mandado de captura emitido pela Interpol.
...a detenção de Alex Saab não pode ser justificada ao abrigo do direito cabo-verdiano e do direito internacional. O Procurador-Geral admitiu que o mandado de prisão não é em nome de Alex Saab, mas sim em nome de outra pessoa. O Tribunal Constitucional não pode permitir que seja usado pelo Procurador-Geral da República como justificação para a ilegalidade da prisão e detenção de Alex Saab. Além disso, o pedido de alteração do erro irreparável do mandado deve ser rejeitado, uma vez que as autoridades responsáveis pela detenção não cumpriram as disposições da...