Este texto é a versão integral da intervenção feita por José Luis Hopffer Almada por ocasião da realização pela Associação Caboverdeana de Lisboa do jantar literário de homenagem a Germano Almeida, no dia 16 de junho de 2018, Prémio Camões 2018, na presença do galardoado e familiares, do Embaixador e da Embaixatriz de Cabo Verde em Portugal, do Presidente da Direcção da Associação Caboverdeana, dos membros dos órgãos sociais da mesma Associação e dos numerosos participantes da mesma sessão cultural.
É uma questão pertinente que muito se coloca depois de o líder Obama, de descendência Afro-Americana, ter desempenhado um dos mais altos cargos executivos pretendido mundo, que é nem mais nem menos ser presidente dos E.U.A- a maior potência mundial nos dias que ocorrem. Por outro lado avista-se o continente Africano com 500 anos depois da colonização, contínua sem sucesso, afundado na ditadura politica, no nepotismo, na falta de transparência, na violação dos direitos básicos do homem, e no apropriarem-to do poder. Um continente onde as pessoas te perguntam com tom altivo:...
Perante o desafio da Regionalização em debate público, é de se reconhecer a grande demonstração de coragem, desprendimento e sensatez da líder do PAICV, Janira Hopffer Almada, e de muitos outros que defendem um processo que possa ir para além das aparências e da fumaça dos dias.
Ontem, dia mundial da poesia (e da luta contra a discriminação racial), dirigi-me à Casa Fernando Pessoa, em campo de ourique, onde se ia proceder à leitura de Tabacaria em língua caboverdeana e ao lançamento duma edição bilingue, promovida por uma associação de afro-descendentes de lisboa. Afazeres pouco poéticos fizeram com que eu chegasse alguns minutos depois da hora aprazada para o início da sessão. Uma tarjeta amarela, em inglês e português (Pessoa teria gostado), avisava que não seriam permitidas mais entradas. Remoendo as minhas razões, resolvi...