Outros Mundos

É já no domingo 7 de Maio que acontece a segunda volta das eleiçoes presidenciais francesas. Está sexta-feira, 5, é oficialmente o último dia de campanha. Uma derradeira oportunidade para os candidatos Emmanuel Macron e Marine Le Pen convenceram o eleitorado.

O pleito de 2017 mostra-se peculiar, tendo ficado pelo caminho os candidatos partidos ditos tradicionais.

A decisão se fará entre dois extremos opostos. De um lado Marine Le Pen candidata da extrema-direita (Front Nacional) que defende ideias como a soberania francesa, o abandono da zona euro e do moeda única e um apertado controle fronteiriço, tendo como principal argumento o combate ao terrorismo; do outro Emmanuel Macron, candidato do movimento En Marche! (Em Marcha) ex-ministro da economia, defensor de uma União Europeia forte e concisa.

O reforço do setor privado e do tecido industrial e a efectivação de programas de integração para as comunidades estrageiras. Bem como assunpção de responsabilidades no acolhimento dos refugiados são outras das propostas de Macron.

Dois programas bem distintos mas que não se mostraram suficientemente convincentes para uma parte significativa do eleitorado. Tudo indica que a abstenção já expressiva (22%) na primeira volta, que aconteceu no passado dia 23 de Abril, seja ainda maior nesta segunda volta. De acordo com uma sondagem divulgada esta semana apenas 72% dos eleitores tencionam ir votar no próximo domingo. Uma queda na participação de cerca de 5% em relação à primeira volta.

O cenário das presidenciais de 2017 começou a mostrar-se singular, quando o actual presidente em exercício, François Hollande, (partido Socialista) anunciou em Dezembro, que não seria candidato a um segundo mandato. Uma decisão inédita em França.

Eliminados na primeira volta tanto os Socialistas como os Republicanos da direita, os resultados de domingo, 7 de Maio prometem marcar um ponto de viragem na cenário político francês das últimas décadas.