Droga. Brasileiros condenados em primeira instância na “Operação Zorro” já regressaram ao Brasil
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Droga. Brasileiros condenados em primeira instância na “Operação Zorro” já regressaram ao Brasil

Os três cidadãos brasileiros, de um grupo de quatro que envolve um francês, condenados em primeira instância por tráfico de droga, regressaram ao Brasil onde vão aguardar a marcação de novo julgamento sob termo de identidade e residência.

Os brasileiros Daniel Guerra, Rodrigo Dantas e Daniel Dantas, e o francês Olivier Thomas, foram detidos em Agosto de 2017, no Porto Grande do Mindelo, pela Polícia Judiciária (PJ) e julgados em Março de 2018, tendo sido sentenciados a uma pena de dez anos de prisão efectiva pelo crime de tráfico de droga e penas acessórias de expulsão do país após cumprirem a pena e proibição de entrada no território nacional por um período de cinco anos.

No entanto, os quatros receberam ordem de soltura no passado dia 07 de Fevereiro, dias depois de o Tribunal da Relação do Mindelo, para onde tinham recorrido, ter procedido à anulação da sentença proferida em primeira instância, em Março de 2018, e marcação de novo julgamento, mas agora com a audição de testemunhas brasileiras arroladas pela defesa, e que não foram ouvidas durante o primeiro julgamento.

Com a soltura, o tribunal decretou novas medidas de coação que passavam pelo termo de identidade e residência, sem a obrigatoriedade de apresentação periódica às autoridades, pelo que, desde que autorizados por um juiz, podiam viajar.

E foi o que fizeram na última quarta-feira, regressando ao Brasil, onde vão aguardar, sob termo de identidade e residência, os trâmites ulteriores que vão desembocar num novo julgado, em São Vicente.

O caso deu-se em Agosto de 2017 quando a PJ apreendeu, na Marina do Mindelo, 1.157 quilogramas de cocaína, escondidos no veleiro RichHarvest e tripulado pelos três brasileiros e o capitão francês, Olivier Thomas.

Três dos quatro tripulantes, Daniel Guerra, Rodrigo Dantas e Olivier Thomas teriam sido contratados por uma agência de recrutamento de tripulação, denominada “The Yacht Delivery Company”, com sede na Holanda, para transportarem um veleiro de 72 pés, de bandeira inglesa, na rota Natal (Brasil) – Madeira (Portugal).

Daniel Dantas seria chamado mais tarde para integrar a tripulação e os três brasileiros,  movidos pelo sonho de realizarem a travessia do Atlântico e adquirirem experiência (milhas navegadas), continuam a sustentar que “não tinham conhecimento” da droga que foi encontrada a bordo do iate na Marina do Porto Grande do Mindelo, até porque a embarcação tinha sido alvo de uma inspecção por parte da Polícia Federal brasileira, antes de zarpar o porto de Salvador (Brasil).

Com Inforpress

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