A Câmara Municipal de Santa Catarina vai abrir “brevemente” um centro de cuidados para auxiliar mulheres, sobretudo as que estão no sector informal, adolescentes mães e as com crianças com deficiência desse município do interior de Santiago.
A informação foi dada hoje à Inforpress, pela vereadora do Desenvolvimento Social, Isabel Monteiro, indicando que o espaço a ser instalado no ex-Centro Juvenil de Assomada do Instituto Cabo-verdiano da Criança e do Adolescente (ICCA), vai permitir que grande parte das mães de “baixa renda” deixem seus filhos ali e seguirem para o trabalho.
“Neste momento já temos luz verde dos parceiros [Ministério da Família, Inclusão Social e Desenvolvimento Social e da Cooperação Luxemburguesa] para abrirmos um centro de cuidados. Este espaço vai ajudar e muito as nossas mulheres, sobretudo as que estão na venda informal, mulheres mães adolescentes e com crianças com deficiências”, adiantou a autarca.
O referido espaço, que vai receber obras de reabilitação e adaptações num investimento de 8.000 contos, segundo a responsável vai albergar creche público para as mães que não podem pagar um privado, espaço para estudo/actividades de tempos livres e um espaço para atendimento para crianças com deficiência.
A maioria das mães chefes-de-família, mormente peixeiras e vendedeiras ambulantes, clamava pela abertura deste centro, tendo em conta que grande parte não tem condições para pagar uma creche privada e não tem onde deixar os seus filhos, sobretudo com necessidades de cuidados especiais para irem à procura de uma vida melhor.
As obras de reabilitação e adaptações, segundo Isabel Monteiro, vão arrancar assim que as Repartições de Finanças, que se encontram actualmente no espaço mudarem para a sua sede em obras.
E tendo em conta que se está no “Março, mês da mulher”, a autarca informou que o município liderado por Jassira Monteiro tem implemento várias políticas públicas direcionadas para mulheres deste município do interior de Santiago.
E, a título de exemplo, fez saber que através da AGR (Actividades Geradoras de Rendimento) têm apoiado muitas mulheres, sobretudo vendedeiras ambulantes na reactivação dos seus negócios após pandemia, que passa por apoios em géneros alimentares e monetário.
Através dos programas do Governo Rendimento de Inclusão Social (RSI) e inclusão produtiva, que já beneficiaram 238 famílias que já receberam kits em várias áreas para criação de emprego.
De momento, avançou que técnicos da edilidade e do próprio Ministério da Família, Inclusão Social e Desenvolvimento Social estão a acompanhar as beneficiárias dos referidos projectos para que possam fazer “maior uso” dos apoios a fundo perdido recebidos.
Outra área que, segundo ela, tem beneficiado mulheres deste município, cuja maioria de família é monoparental e chefiada por mulheres é a habitação social.
“Este ano estamos na fase de levantamento de casos mais críticos e depois logo no mês de Abril vamos começar os apoios para reabilitação de algumas casas”, indicou, acrescentando que para breve vão dar início aos apoios na construção/reabilitação de casas de banho a 150 famílias.
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