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Chefe do Governo mantém “total confiança” no ministro da Administração Interna
Política

Chefe do Governo mantém “total confiança” no ministro da Administração Interna

O primeiro-ministro declarou hoje que mantem “total confiança” no ministro Paula Rocha, que esta quarta-feira, foi motivo de uma declaração política no Parlamento, por causa de uma alega participação dele no assassinato de um cidadão em 2014.

Segundo o comunicado, Ulisses Correia e Silva “mantém total confiança” no ministro de Administração Interna pelo “caráter e conduta exemplares” ao longo da sua carreira profissional e, também, pelo trabalho realizado no Governo.

Para o executivo, a verdade dos factos deve ser “sumamente apurada” para que a suspeição não perdure e para que os responsáveis “sejam devidamente punidos”.

O Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV-oposição), na sua declaração política pediu ao ministro da Administração Interna a romper o silêncio e prestar todos os esclarecimentos sobre as alegações e suspeições do seu envolvimento numa operação, supostamente planeada e executada fora dos cânones legais, que desembocou na morte de uma pessoa, em circunstâncias que indiciariamente configuram crime.

“Sendo estes factos públicos, e recaindo sobre os mesmos, instrução criminal, ainda que o sr. ministro da Administração Interna não esteja a ser investigado e nem seja arguido, deve, enquanto alto titular de cargo político, que dirige o sector da segurança interna e dirige um órgão de polícia criminal, romper o silêncio e prestar todos os esclarecimentos que o caso requer”, advogou o PAICV.

O Ministério Público em reação a uma notícia publicada no Santiago Magazine, avançou que correm termos, na Procuradoria da República da Comarca da Praia, os autos de instrução registados na sequência da morte de um indivíduo do sexo masculino, de 39 anos de idade, ocorrido no dia 13 de Outubro de 2014, em Cidadela, no âmbito de uma operação policial promovida pela Polícia Judiciária.

Não obstante as diligências realizadas, até à data, avança a mesma fonte, o Ministério Público não constituiu ninguém arguido nem notificou o actual ministro da Administração Interna, que na altura do crime desempenhava funções de director da PJ para prestar qualquer declaração nos referidos autos, nem mesmo na qualidade de testemunha.

“Outrossim, porque a notícia publicada alega que o diário digital “Santiago Magazine” teve acesso a documentos e conteúdos de actos processuais cobertos pelo segredo de justiça, a Procuradoria-Geral da República ordenou a abertura de instrução criminal, por indícios da prática do crime de violação de segredo de justiça, com vista a identificar o seu autor e efectivar a respectiva responsabilidade criminal”, informou.

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