Herdou em meados de 2016, o actual Governo, suportado pelo MPD, uma economia estagnante, em trajectória decrescente, desde 2008, para atingir a taxa de 1.5% em 2015, um endividamento público elevadíssimo (131% do PIB), altas taxas de desemprego (15%), sobretudo do desemprego jovem (40%) e de insegurança pública, deixando 160.000 cabo-verdianos no limiar ou baixo do limiar da pobreza, um conjunto de empresas públicas deficitárias, cuja privatização foi colocada em stand-by desde 2001, mas que vinham sugando imensos recursos públicos, um sector privado moribundo e sem capacidade de...
O ministro da Economia Marítima, Paulo Veiga, disse esta segunda-feira, 21, que as privatizações no sector foram todas adiadas para o próximo ano, por causa da pandemia, que trouxe muita incerteza e inviabilizou a visita das empresas interessadas.
O Governo vai injectar dinheiro na Cabo Verde Airlines para tirar a companhia do sufoco financeiro, mas quer um administrador nomeado pelo Estado e o redimensionamento da frota e no número de trabalhadores, aos quais o Governo promete garantir dois anos de salário devido à retoma gradual e sem lucro inicialmente. Entretanto, o reinício das operações da CVA foi novamente adiado para depois de 15 de Janeiro e, a acontecer nessa data, será centrado apenas no mercado étnico e turístico, como está a exigir o Executivo.
Mais de uma dezena de imóveis, entre terrenos, edifícios e apartamentos, incluindo em Portugal e que eram propriedade da TACV, passaram definitivamente para a posse do Estado, no âmbito da privatização da companhia aérea cabo-verdiana.
O contrato de compra e venda enviado ao parlamento no dia 5 de março de 2019, pelo ministro das Finanças, Olavo Correia, diz que existe um valor de 48.418.298$00 que devia ser pago ao governo de Cabo Verde até 31 de dezembro de 2019. O ministro do Estado e dos Assuntos Parlamentares, Fernando Elísio Freire, nega a existência de tal montante. Quem está a mentir? O contrato ou o ministro?
A Cabo Verde Connect Services (CVCS) - empresa pertencente a Mário Almeida, ex-director da TACV e que foi criada no ano passado pela empresa portuguesa Lease Fly, em consórcio com o Grupo Newtour e com a Cabo Verde Airlines (CVA), para assegurar as ligações inter-ilhas, apoiando a operação da CVA, então totalmente dirigida para o Aeroporto da Ilha do Sal - anunciou esta terça-feira, dia 10, o início de voos internacionais, que serão assegurados por aviões da companhia portuguesa SATA Azores Airlines.
A Cabo Verde Airlines (CVA) tem-se revelado um saco sem fundo. Nessa companhia aérea, “o dinheiro que não acaba mais” não tem tido qualquer impacto no manancial de somas, subtrações e saldos apurados ou por apurar. A posição do governo em relação a esta empresa, hoje propriedade de um grupo privado estrangeiro, tem sido um calvário penoso para o tesouro público e para o equilíbiro e a sanidade coletiva da nação.