O frei António Fidalgo, antigo director do jornal Terra Nova, tido como um “lutador pela democracia no País”, diz que, para Cabo Verde, a pergunta se valeu a pena a independência “não se põe”.
O problema nem é a direita, essa já se sabe que vê Cabral como entre parêntesis da história, justo o seguimento que mais tem feito e dignificado o Amílcar Cabral. O problema é mesmo a esquerda cabo-verdiana que se diz herdeira do homem e o trata como se fosse logotipo de campanha, mascote de congresso, ou biografia de bolso para agitadores de redes sociais que não leram uma linha do que ele escreveu. A esquerda que se diz cabralista, mas cala. Cala-se quando deviam berrar. Cala-se por estratégia, por medo de parecerem desatualizados, ou pior, porque se habituaram a usufruir da imagem...
O antigo embaixador, Luís Fonseca, que lutou pela independência e que o regime colonial prendeu, disse esta segunda-feira, 28, estar “indignado” com o discurso com que o primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, abriu as comemorações dos 50 anos de soberania.
Assinale-se, a título de enquadramento geral dos processos e eventos políticos ocorridos no ano inicial de transição política de 1990 e dos seus imediatos pressupostos temporais e políticos, que, para além das circunstâncias políticas especificas advenientes da Declaração de Abertura Política Democrática e que levaram à criação do MpD e à publicitação da sua Declaração Política num relativamente curto período de tempo, o PAICV tinha programado a realização das primeiras eleições autárquicas do Cabo Verde pós-colonial para o mês de Novembro/Dezembro de 1989, tendo...
Por tudo o que foi sendo aduzido no que se refere às preocupações de Amílcar Cabral relativamente ao respeito dos direitos humanos e das liberdades fundamentais, parece-nos claramente impertinente, manifestamente exagerada e/ou por demais excessiva a asserção de Carlos Veiga segundo a qual o conceito de democracia revolucionária de Amílcar Cabral seria, por assim dizer, o perverso núcleo irradiador de um Estado de não direito ou de um Estado de contra-direito, devidamente consubstanciado no Partido-Estado, no qual o PAIGC liderado pelo mesmo Amílcar Cabral se tinha...
O poeta José Luiz Tavares anunciou hoje partir para uma aventura pessoal no domínio da edição, com a criação da editora Pretomau, na véspera de apresentação, na Praia, do seu mais recente livro, “Uma Selvajaria Civilizacional”.
A concluir a sua extensa e marcante intervenção, proferida a 10 de Setembro de 2005, no Segundo Simpósio Internacional Amílcar Cabral, organizado pela Fundação Amílcar Cabral e realizado na cidade da Praia, afirmou Carlos Veiga: “Depois, e não menos importante, houve o cidadão da nossa terra, da África e do mundo - imbuído do espírito de missão e de serviço em prol do seu povo; o líder lúcido, corajoso e destemido, inconformado e ousado, patriota amigo e querido do seu povo e prestigiado internacionalmente; e houve o Homem - sensível, culto, superior, mas sempre modesto e...