Carta Aberta de José Luiz Tavares, poeta cabo-verdiano, ao ministro da Cultura. Um texto de inigualável alcance, que, dado ao seu tamanho, o próprio autor o dividiu em duas partes. O Post-Scriptum "abordando as levianas, gravíssimas e ignaras considerações do ministro Abrãao Vicente a um site português" vai ser publicado na quarta-feira, 25, por Santiago Magazine.
Apregoa-se, com tamanho orgulho, que “a Cultura é o diamante de Cabo Verde”. Sendo assim, é também apetecível estilizar a nomenclatura de todos os actores e sectores que circundam esta área.
O músico e compositor Mário Lúcio fez a apresentação do seu novo trabalho discográfico, “Funanight”, na madrugada de hoje, fechando em grande as comemorações do Dia Nacional da Cultura, no concelho de Santa Catarina.
Peço paciência às pessoas que vão ler isto que aqui deixo, a propósito do desconchavo de Abraão Vicente (entrevista do ministro da cultura e das Indústrias Criativas de Cabo Verde, ao Mário Rufino, da revista portuguesa online, Comunidade, Cultura e Arte, no dia 10 de Outubro do corrente ano). Não fosse o receio de ver institucionalizado no meu país a barganha de um trânsfuga-sacripanta, nada me moveria a perder pitada de tempo com baboseiras do tipo.
Os mais de 60 alunos do 5º e 6º anos de escolaridade, da localidade de Chã da Silva (Santa Cruz), que não foram às aulas no arranque do ano lectivo por falta de salas, já frequentam a escola. As salas? Contentores improvisados.
Mais de 60 alunos do 5º e 6º anos da localidade de Chã da Silva ainda não foram às aulas porque a sua degradada escola não foi reabilitada. Solução? Contentores como sala de aula.
A sociedade cabo-verdiana, inadvertidamente, delega completamente ao Estado a cara decisão de fazer o que entende nas escolas. Logo, alguns agentes do Estado, com poder de decisão, têm-se habituado a decidir sem escutar ninguém.