Deputado nacional lança fortes acusações sobre os jornalistas, o sindicato que os representa, AJOC, e estes procuram defender-se ao “bombardeamento político”, num ambiente onde todos ralham, mas a culpa morre solteira. Tamanha intolerância, no país dos absurdos!
De há alguns dias a esta parte, o jornalismo cabo-verdiano, os seus profissionais e o sindicato da classe têm sido alvo de ataques desmedidos, injustificáveis e gratuitos por parte do poder político. Primeiro, foi o comunicado do Governo e outras reacções consequentes ao tratamento jornalístico dado, pela imprensa nacional, ao relatório do Departamento de Estado sobre os Direitos Humanos em Cabo Verde.
Ontem, dei comigo a pensar que nesta vida não pode valer tudo.
O chefe de Estado cabo-verdiano, Jorge Carlos Fonseca, disse hoje que não vale a pena uma "picardia" sobre quem interpretou melhor o relatório sobre direitos humanos elaborado pelos Estados Unidos, considerando que é preciso trabalhar para melhorar.
O relatório do Departamento Norte-americano ainda está na ordem do dia. Hoje a AJOC emitiu um comunicado de imprensa onde condena a atitude do governo, sobretudo do ministro Abraão Vicente e reafirma confiança nas capacidades dos jornalistas cabo-verdianos.
O ministro da Cultura e das Indústria Criativas, Abraão Vicente, aconselha o Conselho de Administração da RTC a ter humildade para, caso for necessário, fazer o documento de base, ao mesmo tempo que classifica de “irresponsável e antipatriótica a atitude do PAICV, em relação à proposta do código de ética da Radiotelevisão Cabo-verdiana (RTC)".