O presidente da UCID, António Monteiro, classificou hoje a detenção do advogado e ex-procurador da República Amadeu Oliveira, de “vergonha nacional” e pediu que a mesma seja suspensa, o quanto antes a bem da tranquilidade e paz social.
A Ordem dos Advogados de Cabo Verde (OACV) condenou hoje a forma como o processo de detenção do advogado Amadeu Oliveira vem sendo conduzido e exorta as autoridades a cumprirem a lei.
O Conselho Superior de Magistratura Judicial disse hoje que o arguido Amadeu Oliveira foi detido para assegurar a sua presença no julgamento, tal como diz o artigo 148º, 1 e 2 do Código do Processo Penal (CPP).
O advogado Amadeu Oliveira acaba de ser detido, esta tarde, 20, por ordem da juiza Ivanilda Varela. O causídico, que faltara à sessão de audiência do Tribunal no início de Janeiro, está neste momento detido na nova esquadra da Polícia Nacional na Prainha, na cidade da Praia, onde deverá permanecer até segunda-feira, dia do arranque do seu seu julgamento por supostos 14 crimes de ofensa contra os juízes do Supremo Tribunal de Justiça.
O presidente da União Cabo-Verdiana Independente e Democrática (UCID), António Monteiro, que é também deputado nacional, mostrou-se hoje “indignado” com a detenção do advogado Amadeu Oliveira afirmando que “o sistema tem medo da verdade”.
Sentindo-se exposto pelas constantes denúncias e acusações tecidas pelo advogado Amadeu Oliveira, o Supremo Tribunal de Justiça, vendo a sua credibilidade abalada, decidiu, com carácter de urgência, agendar a realização da Audiência Pública Contraditória, para o dia 25 de Fevereiro próximo, as 10 horas, a fim de ser decidido o caso do emigrante Arlindo Teixeira que veio de França, em Junho de 2015, passar 45 dias de férias e acabou por ser condenado a 11 anos de prisão pelo Tribunal da Ribeira Grande, Santo Antão.
“Não há nada mais prejudicial para um País, como os Chicos- Espertos e Chicas-Espertas serem considerados Juizes de um Povo” - Bismark