Um Boeing da Cabo Verde Airlines que deveria sair do Recife desde quinta-feira só aconteceu na manhã deste sábado. A empresa disse ao jornal o Globo que uma avaria técnica impossibilitou a ida do aparelho para o Brasil, mas os passageiros ficaram irritados com a falta de informação da operadora cabo-verdiana, que foi bastante criticada na em notícia da TV Globo.
No ano em que o mundo consagrou a morna, Cabo Verde abriu as fronteiras aos turistas estrangeiros, privatizou a companhia aérea, entregando-a a investidores islandeses e deixou os transportes marítimos nas mãos da empresa liderada pela portuguesa Transinsular.
As companhias aéreas que operam ligações domésticas em Cabo Verde estão agora obrigadas a reservar 10% dos lugares em cada linha para a tarifa social, com pelo menos 40% de desconto, beneficiando idosos, estudantes e famílias numerosas. A medida consta do decreto-lei 54/2019 de 10 de dezembro, aprovado pelo Governo, promulgado pelo Presidente da República, para entrar em vigor na quarta-feira.
Quando as informações não são fiáveis e nem divulgadas em tempo oportuno, a nação desconfia e a especulação toma conta do sentimento coletivo. Na gestão da coisa pública não pode haver segredos. Há, pois, que prestar contas. O senhor vice-primeiro ministro e ministro das Finanças, Olavo Correia, precisa rever esta matéria, quanto mais não seja, para salvaguardar a sanidade mental da nação.
O Governo de Cabo Verde esclareceu esta segunda-feira, em comunicado, que o processo de venda das acções da Cabo Verde Airlines decorre “dentro da total normalidade” e que “será completamente concluído a 31 de Dezembro” próximo.
A agência de notação financeira Fitch considerou hoje que a privatização da totalidade das acções da transportadora aérea de Cabo Verde pode ser prejudicada devido à falta de interesse estrangeiro e ao pequeno mercado interno.
A Cabo Verde Airlines adiou para o verão de 2020 o início da ligação aérea entre a ilha cabo-verdiana do Sal e Luanda, operação que deveria arrancar em dezembro, com a companhia a alegar “razões comerciais”.