Os preços dos produtos alimentares de primeira necessidade no mercado mundial registaram, na semana de 16 a 22 de Abril, tendência de baixa no milho e trigo, e de alta no açúcar.
Esses dados constam do Boletim INFOSemanal nº 16/2025, partilhado hoje pelo Secretariado Nacional para a Segurança Alimentar e Nutricional (SNSAN), referente ao comportamento dos preços dos produtos alimentares de base no mercado internacional.
Segundo o documento, os preços mundiais de exportação de milho registaram uma tendência de baixa em relação à semana anterior, impulsionada pelo progresso na plantação mais rápida do que o esperado nos Estados Unidos.
A mesma fonte explicou ainda que na Argentina a colheita tenha atingido os 24 por cento (%) de conclusão e no Brasil as perspectivas de produção local melhoraram recentemente, o que ajudou a manter boas disponibilidades de humidade do solo para a segunda safra.
Os preços do trigo mantiveram também a tendência de baixa da semana passada, com a redução na procura externa e as fracas vendas dos produtores na Rússia, a força do euro face ao dólar norte-americano na União Europeia e relatos de chuvas benéficas em regiões secas do norte da Europa.
Na Argentina, as cotações de exportação de trigo mantiveram a tendência estável da semana passada.
Por outro lado, os preços mundiais de exportação do açúcar apresentaram uma tendência de alta em relação à semana anterior.
Isto, sublinhou a mesma fonte, tendo em conta que no Brasil as fábricas de açúcar moeram 676,96MT de cana-de-açúcar na temporada 2024/25, o que representa uma queda de 5,1% face à temporada 2023/24 e a segunda maior colheita já registada.
Na Índia, acrescentou, a Indian Sugar Mills Association (ISMA) afirmou que a produção de açúcar na época 2024/25 atingiu 25,5MT, uma baixa de cerca de 18% em relação ao ano anterior.
Quanto ao arroz e óleo de soja, os preços de exportação apresentaram tendência mistas.
A tendência mista do arroz, esclareceu o documento, deve-se ao aumento das cotações deste produto em grande parte devido aos movimentos cambiais na Tailândia.
“No Vietname, a procura reduzida dos principais compradores ditou a queda nos preços de arroz, com a perda limitada à medida que a colheita de inverno/primavera entrava nas suas fases finais”, acrescentou.
Já a tendência mista do óleo de soja é explicada com ligeira queda das cotações na ordem de 0,1%, comparativamente à semana anterior na Argentina, enquanto que no Brasil os preços do óleo de soja aumentaram cerca de 1,6%.
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