Fundo Soberano com mais de uma dezena de pedidos de garantia para financiamento de projectos
Economia

Fundo Soberano com mais de uma dezena de pedidos de garantia para financiamento de projectos

O Fundo Soberano de Garantia do Investimento Privado (FSGIP) tem, neste momento, uma carteira de mais de uma dezena de projectos de investimentos que já solicitaram garantia para acesso ao financiamento, conforme o Presidente do Fundo, Pedro Barros.

Segundo adiantou, são projectos de investimentos que estão exactamente nas áreas definidas como sendo foco de intervenção do Fundo, como são os casos de eficiência energética, seja na instalação por exemplo de painéis solares e da produção de painéis solares, agro-business e também na área de hotelaria e turismo.

Com relação ao turismo explicou que os projectos terão de ter a componente de sustentabilidade quer no tratamento de águas residuais, fornecimento de energia e outras componentes que exigem instalações a nível da promoção da sustentabilidade ambiental.

“Portanto, o Fundo Soberano está alinhado com sustentabilidade de projectos que se demonstram claramente sustentáveis do ponto de vista ambiental da inclusão social e sustentabilidade económica”, explicou Pedro Barros que foi um dos oradores da Conferência Internacional dos Parceiros que teve lugar 27 e 28 de Abril na Boa Vista.

O FSGIP, que está efectivamente operacional desde Janeiro de 2023, tem por objectivo garantir a emissão de valores mobiliários, em particular títulos de dívida, por empresas comerciais privadas de direito cabo-verdiano para financiamento dos respectivos investimentos.

Arrancou com um capital de 100 milhões de euros, mas o Governo prevê, a curto prazo, capitalizar o fundo para montante que vai até 200 milhões de euros e no médio prazo para chegar a 500 milhões de euros.

“Em termos de perspectiva nós estamos convencidos de que o Fundo Soberano é efectivamente um instrumento poderosíssimo de apoio às empresas cabo-verdianas, sobretudo, as grandes empresas, aquelas que não conseguem obter financiamento no mercado nacional, podendo obter esse financiamento junto do mercado financeiro”, sustentou.

Pedro Barros salientou que o Fundo Soberano veio trazer a possibilidade às empresas cabo-verdianas, de poderem ter acesso a financiamento junto das entidades financeiras fora do país, actuando por duas vias.

A primeira através da emissão de valores mobiliários, nomeadamente as obrigações, podendo ser realizado em Cabo Verde ou fora do país e a segunda via é garantir financiamento através do crédito, quer seja créditos junto da banca nacional ou junto das instituições financeiras lá fora.

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