O Banco de Cabo Verde (BCV) lançou hoje uma campanha para incentivar a utilização de moedas de escudo, divisa do arquipélago, que desde há vários meses escasseiam nas transações diárias no país.
O banco central quer “despertar a população para a importância de retirar moedas guardadas, para aumentar a oferta do numerário, facilitar o troco, reduzir o gasto público com a reposição das moedas e o impacto no meio ambiente”, anunciou, em comunicado.
A campanha inclui vídeos na Internet e mensagens nos meios de comunicação social.
Cabo Verde tem 68,9 milhões de moedas em circulação, explicou o BCV, que, emite 2,3 milhões de moedas anualmente.
“A proporção de moedas em relação ao total do numerário (notas e moedas) em Cabo Verde é de aproximadamente 3,5%, em alinhamento com os parâmetros internacionais”, acrescentou.
Motoristas de autocarro, vendedoras, taxistas e clientes estão a tentar lidar com a escassez de moedas, que causa um transtorno diário, disseram à Lusa, em setembro.
Segundo descreveram, o problema chega a gerar acesas discussões e a causar prejuízos para alguns, pela impossibilidade de entregar troco nas transações.
Alguns estabelecimentos dão rebuçados em substituição das moedas de menor valor, enquanto as vendedoras se queixam de perder negócio.
O BCV anunciou um estudo sobre o uso da moeda, além da campanha que agora arranca, e indicou ainda desconhecer teorias que circulam para tentar justificar a escassez – como uma suposta fundição de moedas no país –, mas disse manter "estreita articulação" com a Polícia Judiciária, com vista à investigação de eventuais práticas ilícitas.
Comentários
jose manuel gomes dos santos, 13 de Dez de 2024
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Jose Lima, 12 de Dez de 2024
O problema é um pouco mais complexo. Há uma enorme escassez de moedas e notas de 200.00, e 500.00, algo que grandemente prejudica a actividade económica, e o BCV não faz absolutamente nada. Que grupo de incompetentes. Só sabem apresentar desculpas...
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Antonio, 12 de Dez de 2024
As autoridades que ponham o dedo na ferida.
Diz- se que há QUEM esteja a colher moedas para enviar para fora , para confecções industriais.
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