José Luiz Tavares entre os finalistas ao Prémio Literário Casino da Póvoa
Cultura

José Luiz Tavares entre os finalistas ao Prémio Literário Casino da Póvoa

O livro de poemas “Rua Antes do Céu”, do poeta José Luiz Tavares, é um dos finalistas ao Prémio Literário Casino da Póvoa, que será decidido durante a 20ª edição das Correntes d’Escritas, de 19 a 23 de Fevereiro.

A notícia foi confirmada à Inforpress pelo próprio escritor cabo-verdiano a partir de Lisboa, lembrando que a obra ganhou o Prémio BCA de Literatura/Academia Caboverdeana de Letras em 2016, e foi finalista do Prémio Pen Club Português no ano passado.

José Luiz Tavares foi também finalista em 2005, com o seu livro de estreia, “Paraíso Apagado por um Trovão”.

“A Noite Imóvel”, de Luís Quintais (Assírio & Alvim); “Bandolim”, de Adília Lopes (Assírio & Alvim); “De Passagem”, de José Alberto Oliveira (Assírio & Alvim);  “Existência”, de Gastão Cruz (Assírio & Alvim); “Nadar na piscina dos pequenos”, de Golgona Anghel  (Assírio & Alvim);  “Não É Grave Ser Português”, de João Rios (Abysmo); “Oblívio”, de Daniel Jonas (Assírio & Alvim); “Suite sem Vista”, de Inês Fonseca Santos (Abysmo); “Tardio”, de Rosa Oliveira (Tinta da China);  “Teoria da Fronteira”, de José Tolentino Mendonça (Assírio & Alvim) e “Tratado”, de Luís Carmelo (Abysmo) são as outras obras finalistas ao galardão.

A reunião final do júri está marcada para 18 de Fevereiro, véspera do anúncio do vencedor do prémio, que decorrerá na cerimónia de abertura da 20.ª edição do Encontro de Escritores de Expressão Ibérica.

Os jurados deste ano são Almeida Faria, Ana Paula Tavares, José António Gomes, Maria Quintans e Marta Bernardes.

O Prémio Literário Casino da Póvoa destina-se a premiar anualmente uma obra em Língua portuguesa, editada em Portugal, e escrita por um autor de Língua Portuguesa ou castelhana/hispânica.

Segundo o regulamento, é atribuído nos anos pares a uma novela ou romance e nos anos ímpares a poesia. No ano passado, o vencedor foi o romance “A forma das ruínas”, do colombiano Juan Gabriel Vásquez.

De acordo com a organização, a conferência de abertura, agendada para o dia 19 de Fevereiro, vai estar a cargo do Presidente da República de Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca, que é também presidente da Conferência de Estado e de Governo da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP).

Com o tema “As Letras da Língua e a Mobilidade dos Criadores na CPLP”, que, segundo a organização, “vai ao encontro do que Jorge Carlos Fonseca (…) tem afirmado como grande prioridade do seu mandato”, que termina em 2020, esta abordará a eventual realização de “um plano de mobilidade que permita a livre circulação de pessoas entre os nove países” da organização de países da língua portuguesa.

Jorge Carlos Fonseca defende que a CPLP deve ser uma comunidade de povos e cidadãos e não apenas uma comunidade de Estados-membros. Neste contexto, também os agentes culturais dos nove países que integram a CPLP poderiam “estreitar ainda mais os laços que os unem”, referiu o festival em comunicado.

O Presidente de Cabo Verde, que também é escritor, vai aproveitar a passagem pela Póvoa de Varzim para apresentar o seu mais recente livro, “A Sedutora Tinta das Minhas Noutes”, publicado pela editora Rosa de Porcelana.

O lançamento vai acontecer logo depois da conferência de abertura e antes da primeira conversa do Correntes d’Escritas: “A cultura é cara, a incultura é mais cara ainda”, com Guilherme d’Oliveira Martins e José Carlos de Vasconcelos.

Entre os participantes da edição de 2019 do Correntes d’Escritas constam os Prémios Camões cabo-verdianos Arménio Vieira e Germano Almeida.

Com Inforpress

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