O presidente da União Cabo-verdiana Independente e Democrática (UCID) classificou esta quarta-feira, 3 de abril, de “crítica” a situação laboral no país e exemplificou com o facto de, em três anos, o Governo ter criado “apenas 515 postos de trabalho”.
Estribado nos dados recentes do Instituo Nacional de Estatística (INE), António Monteiro, em conferência de imprensa, no Mindelo, fez as contas e concluiu que se o número de empregados em 2015 era de 194 mil 485 e o de 2018 situava-se na casa dos 195 mil empregados, então, lançou, nestes três anos de governação o Movimento para Democracia (MpD), “não criou mais do que 515 empregos” no país.
“Esse numero é manifestamente insuficiente face ao compromisso assumido pelo Governo de criar 27000 postos de emprego nesses mesmos três anos”, concretizou o líder da UCID, que, ainda, disse estranhar que o crescimento económico dos últimos três anos não tenha reflectido na criação de empregos “de forma objectiva”.
Por isso, Monteiro instou o Governo a fazer a “competente análise” para se reverter o quadro, pois, sintetizou, “chegou a hora” de, “mais do que o crescimento do PIB”, se começar a analisar a economia cabo-verdiana do ponto de vista da produtividade.
Realçou ainda como “preocupante” a “diminuição da taxa de emprego” em “todas as faixas etárias e género” nas cidades e nas zonas rurais, pelo que pediu “medidas urgentes” para se inverter o quadro, com “maior enfoque” nas zonas rurais, atendendo à ausência de chuvas.
António Monteiro considerou ainda que os dados apresentados pelo INE vêm “pôr a nu a ineficiência” das medidas de política sociais e económicas desencadeadas pelo Governo, o que significa, ajuntou, “uma vida cheia de dificuldades” para um número “cada vez maior” de cidadãos, o que “contraria os compromissos assumidos pelo MpD durante a campanha eleitoral.
A UCID estranha ainda que o com “aumento nominal” dívida pública “em mais de 50 milhões de contos” o país não tenha tido a capacidade de criar empregos nestes três anos de governação“.
“O Governo, infelizmente, está a mostrar-se sem a mínima capacidade de criar condições para que a economia posso criar postos de trabalho”, lançou o líder da UCID, que manifestou ainda “preocupação” com o facto de 08 por cento (%) dos desempregados terem formação superior, o que corresponde ao “número absoluto de 2 mil 160 quadros”, a “engrossar” o número de inactivos.
Com Inforpress
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