Estado da Nação é de dificuldades e desafios mas também de esperança e regozijo
Política

Estado da Nação é de dificuldades e desafios mas também de esperança e regozijo

O primeiro-ministro (PM), Ulisses Correia e Silva, afirmou hoje que o Estado da Nação é “de dificuldades, de desafios, de esperanças”, mas também de “regozijo” por aquilo que Cabo Verde é a nível da sua democracia e boa governança.

Durante o seu discurso na abertura do debate parlamentar, o chefe do Governo cabo-verdiano disse que o Estado da Nação é “indubitavelmente” marcado pela pandemia da covid-19.

“Foi assim em 2020 e é assim no presente ano de 2021. Estamos perante a maior crise vivida no mundo inteiro desde a grande depressão, com a particularidade de ser mais global e intensa num curto espaço de tempo, e de produzir impactos fortes em várias frentes simultaneamente sanitária, económica, social e humanitária”, sublinhou.

Ulisses Correia e Silva salientou que Cabo Verde é dos países que mais sofre os impactos da crise da pandemia da covid-19, derivado das elevadas vulnerabilidades económicas e ambientais próprias de um Pequeno Estado Insular em Desenvolvimento, com uma economia aberta e fortemente dependente do turismo.

“Os impactos têm sido brutais e estão expressos na contração económica de 14,8% em 2020, na quebra do turismo em 70%, no aumento do desemprego e da pobreza, na quebra de actividade das empresas e no aumento da dívida pública. É neste contexto que o país tem feito um bom combate”, disse, indicando que Cabo Verde tem conseguido gerir bem a covid-19, reduzindo o número de casos positivos de forma consistente nos últimos meses.

Ulisses Correia e Silva garantiu que o Governo tomou e implementou um conjunto de medidas para proteger as pessoas, as empresas, o emprego e o rendimento e cuidar dos mais vulneráveis.

“O sistema de saúde tem respondido bem, graças aos investimentos realizados e às medidas adotadas. Mobilizamos vacinas e iniciamos há cerca de três meses a vacinação, que já atinge 38% da população”, disse, realçando que vencer a pandemia de covid-19 passa pela massificação da vacinação.

“Em um ano e meio, investimos cerca de 2,8 milhões de contos em medidas de protecção”, precisou, afirmando que a prioridade tem sido combater e proteger.

Apesar da situação de dificuldades afirmou que o país não parou e não tem estado parado.

Conforme, indicou a procura externa de Cabo Verde para investimentos continua, com empresários e investidores nacionais e estrangeiros a continuarem a investir apesar das dificuldades, com jovens a continuarem a investir nas suas microempresas e start ups.

“Há vários projectos de investimentos privados em curso no sector do turismo, da saúde, da economia azul e da agricultura. Cabo Verde continua a ser um país estável, seguro e de baixos riscos reputacionais. São elementos estruturantes que não foram abalados e nem vão ser destruídos pela pandemia”, realçou.

A nível do turismo, um dos sectores com mais impactos da pandemia, o primeiro-ministro acredita que com a massificação da vacinação, poderá ser possível ainda salvar a época turística de inverno que se inicia em Setembro.

Durante o seu discurso Ulisses Correia e Silva afirmou que o país está com melhor sistema e serviço de saúde e melhor segurança, tendo sido classificado como “um dos países mais seguros” para turistas visitarem em 2021.

Falou dos avanços na educação, a nível da água e energia, da agricultura apesar dos três anos de seca, no sector das pescas, e afirmou que Cabo Verde está mais resiliente apesar de serem elevadas as vulnerabilidades económicas e ambientais e está no caminho certo para aumentar essa resiliência.

“O país enfrenta níveis elevados de pobreza agravados com a pandemia. Vamos trabalhar arduamente para eliminar a pobreza extrema e tornar Cabo Verde mais inclusivo e com mais oportunidades. Vamos massificar a vacinação, realizar as reformas e implementar as políticas para voltar a crescer, a criar empregos e tornar a economia mais resiliente e mais diversificada”, finalizou.

Até quinta-feira, 29 de Julho, o País registava 33.721 casos positivos acumulados e 298 óbitos, 32.935 infectados foram declarados recuperados, estando neste momento o país com 467 casos activos.

Partilhe esta notícia

Comentários

  • Este artigo ainda não tem comentário. Seja o primeiro a comentar!

Comentar

Caracteres restantes: 500

O privilégio de realizar comentários neste espaço está limitado a leitores registados e a assinantes do Santiago Magazine.
Santiago Magazine reserva-se ao direito de apagar os comentários que não cumpram as regras de moderação.