A cantora e compositora cabo-verdiana Mayra Andrade foi distinguida com o prestigiado ‘Lifetime Africa Achievement Prize’ nos Millennium Excellence Awards, que aconteceu na passada noite de sábado, 10 de maio de 2025, no Palácio do Rei – Palácio Manhyia, em Kumasi, Gana.
É tempo de deixar para trás o ciclo da lamúria e da resignação. A maior reparação histórica que África pode exigir... é aquela que começa com ela própria. Reivindicar o passado é legítimo, mas assumir o presente é vital. Investir em educação, saúde, infraestruturas, estabilidade institucional e participação cívica. Descolonizar mentalmente e tornar a boa governação o cartão-de-visita do continente. Criar um ambiente de negócios moderno, transparente e competitivo. Promover a mobilidade interna, baixar barreiras ao comércio, reforçar os mecanismos de integração...
Cabo Verde precisa, com urgência, de adidos culturais nas suas missões diplomáticas. A ausência de quadros com responsabilidade directa pela cultura não é apenas simbólica, é estrutural. Num mundo onde a cultura é cada vez mais instrumento diplomático e ferramenta de afirmação internacional, continuamos a tratá-la como enfeite de ocasião. A improvisação continua a substituir a estratégia. E os resultados estão à vista. Não nos falta cultura. Não nos falta talento. Não nos faltam representantes à altura. Faltou, ontem, como tantas vezes, apenas uma coisa: vontade de...
O filme sobre Orlando Pantera que estreou no festival IndieLisboa, mostra o legado do músico cabo-verdiano que “fez música para outros”, deixando saudades mesmo a quem não o conheceu.
E enquanto os folhetos turísticos continuam a vender experiências exóticas e pores-do-sol com sabor tropical, o verdadeiro milagre seria olhar para quem vive na ilha como mais do que figurante. Incluir os filhos da terra no futuro da terra. Investir não só em paredes de vidro, mas em dignidade. Fazer de Santa Maria um lugar onde o progresso não seja um privilégio importado, mas uma conquista repartida. Que se fale sim, em progresso, mas com a decência ou então, que se diga de uma vez por todas que o futuro é para os turistas e os autóctones que fiquem na recepção, na cozinha ou...
Volvidos 50 anos da independência nacional, Maio continua a enfrentar uma “dura batalha” contra a estagnação económica, o desemprego crescente e a saída em massa de jovens, num cenário que contrasta com os sonhos da libertação.
Acredito que o futuro da língua cabo-verdiana na escola depende menos de confrontos e mais de investigação partilhada, sensibilidade cultural e maturidade institucional. Por isso, reafirmo: a proposta de escrita pandialetal deve ser retirada do manual, pois constitui uma tentativa de padronização. Já existe um instrumento oficial — o Alfabeto Cabo-verdiano, flexível e representativo. Que o aperfeiçoemos juntos — sem atalhos, sem imposições, sem máscaras — se, de fato, a proposta das autoras visava ser apenas uma nova forma de escrita. Não sei como, mas a experimentação —...