.Completam-se hoje 50 anos que Cabo Verde se tornou um país independente da antiga potência colonizadora, Portugal.
A minha geração não viveu a guerra, mas colhe os frutos da luta. A minha filha Nicole conviveu com duas bisavós, e isso, para mim, é uma bênção rara. Ela recebeu delas moedas com carinho para comprar rebuçados e, sobretudo, recebeu bênção de quem sobreviveu para contar a história. Uma herança invisível mas valiosa. Hoje, ela cresce livre, com direitos e escola, sem ter de carregar lata à cabeça para buscar água ao poço. É por isso que, hoje, ao celebrar os 50 anos da nossa independência, não penso só em datas. Penso em pessoas. Penso na resistência das mulheres como as...
A produção do carvão vegetal continua a ser uma importante fonte de subsistência para muitas famílias na ilha do Maio, apesar da redução da actividade e da diminuição do número de produtores nos últimos anos.
Cabo Verde tem o dever de não deixar o nome de Tututa cair no esquecimento. Porque sem memória, não há cultura. E sem cultura, não há futuro. Precisamos dar a conhecer esta mulher aos jovens. Mostrar-lhes que o talento não tem género, que a excelência pode nascer nas ilhas mais pequenas, e que há heroínas silenciosas que deixaram marcas profundas na nossa história.
A nossa independência não foi um ponto final. Foi o início de uma responsabilidade imensa. Cinquenta anos depois, temos o dever de olhar em frente com a mesma fé que nos trouxe até aqui. Ergamos a cabeça! Abramos os olhos! Fechemos os punhos! Porque Cabo Verde não é uma marca turística. É um povo vivo, que pensa, que sente, que luta e que ama. E enquanto houver um só cabo-verdiano com fome, enquanto houver uma só criança sem escola, uma só mulher silenciada, um só jovem a querer partir por desespero… então, a luta continua.
Cabo Verde recebe a estreia do "Nós, Povo das Ilhas" no dia 04 de Julho, no Auditório Nacional, na Praia, marcando um momento de revisitação da história do país, conforme indicou Elson Santos, um dos realizadores do filme.
O primeiro estudo epidemiológico sobre doenças do movimento em Cabo Verde revelou que 79% dos casos correspondem à doença de Parkinson sobretudo homens e que 70% enfrentam dificuldades moderadas ou fortes no acesso aos tratamentos.