Senhor José Ulisses de Pina Correia, Primeiro-ministro de Cabo Verde
Tinha lido algures que escrever é entregar-se ao mundo, é revelar-se às pessoas, à sociedade, é deixar uma pilha de pistas sobre o que se ama, o que se pensa e acredita, sobre a vida, a história do mundo, a arte, o amor o sofrimento, a cultura entre tantas outras dimensões.
O teatro cabo-verdiano é tão antigo quanto ao achamento do próprio arquipélago pelos navegadores portugueses, Diogo Gomes e António da Noli, entre 1460 e 1462, embora não tendo sido permitido, legalmente, o seu aviamento tradicional ou verdadeiramente autóctone, até 1975. Pois, tudo o que antes era permitido e que pudesse ser considerado tradição terra a terra, era à lupa joeirado pela administração, que receava insurreição por parte dos escravos, e pela Igreja que não considerava muito católica as tradições africanas, apodando-as mesmo de profanas e pagãs. Não se podia...
Pela primeira vez o Ministro da Cultura e das Indústrias Criativas (MCIC) da República de Cabo Verde prejudica diretamente a minha vida profissional. É um evento de toda a gravidade a várias dimensões!
Quase metade dos trabalhadores em Cabo Verde são informais, indica o Instituto Nacional de Estatística, justificando com o facto de não terem condições dignas para exercerem a sua profissão.