O Grupo Internacional Afrodescendente (GIA) realiza, de 27 a 29 deste mês, no TechPark, na Praia, o segundo Encontro do Empresariado Afrodescendente, que vai reunir empresários africanos e da diáspora para promover parcerias, inovação e desenvolvimento económico sustentável.
A ilha da Boa Vista sustenta o país. Ela gera receitas para o Estado, alimenta o turismo de luxo e oferece, com as suas praias, um dos cartões-postais que Cabo Verde vende ao mundo. Mas basta desviar o olhar do mar para perceber o que a propaganda insiste em esconder: bairros inteiros afundados no abandono, onde o investimento público é apenas uma cifra vazia. Fala-se em requalificação, mas a realidade grita desleixo, e o bairro da Boa Esperança é um exemplo perfeito.
A segurança social é, antes de tudo, um instrumento de estabilidade nacional e dignidade humana. Os desafios que se colocam ao sistema em Cabo Verde exigem uma abordagem prudente, técnica e participativa, orientada para garantir a continuidade dos direitos sociais, o equilíbrio financeiro e a confiança dos cidadãos. Reformar a segurança social não é uma escolha política de curto prazo. É uma decisão estratégica de longo alcance, que exige visão, coragem e compromisso. Manter tudo como está é, na verdade, condenar o futuro a uma rutura inevitável.
Cabo Verde necessita urgentemente de uma liderança com visão, responsabilidade e compromisso com a justiça social. É imperativo investir de forma séria na juventude, criar alternativas viáveis para o futuro e devolver a esperança ao povo cabo-verdiano. Um país com tanto potencial como o nosso não pode continuar refém de políticas ineficazes e de decisões que beneficiam poucos à custa de muitos. Está na hora de exigir uma governação competente, transparente e voltada para o interesse nacional. Porque, no final de contas, quem está a sofrer as consequências desta má gestão...
Cabo Verde lidera o crescimento económico dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) este ano, de acordo com as previsões do Banco Mundial, que apenas coloca a Guiné Equatorial em recessão.
A selecção cabo-verdiana de voleibol de praia feminina vai a Portugal participar no Torneio da Lusofonia que decorre de 20 a 22 do corrente, visando os preparativos às eliminatórias no reino de Marrocos, para o mundial.
Só uma ajudinha: se o autor quisesse fazer uma análise mais honesta e contextualizada, poderia reconhecer que, fruto de 50 anos de desenvolvimento progressivo, Cabo Verde tornou-se hoje, inclusive, destino de imigração para cidadãos de países que no passado foram procurados por cabo-verdianos em busca de melhores condições de vida. Poderia também admitir que muitas pessoas estão a emigrar porque isso faz parte de um projeto pessoal de vida — e não por absoluta falta de alternativas no país. Essa realidade contradiz o próprio autor, que, numa das várias contradições...