“Cabo Verde é hoje um País da Mentira. Um país de Passadores de Pau, como diria o médico/escritor Arsénio de Pina. A mentira foi institucionalizada, começando nos altos dignitários da Nação até aos vagabundos das urbes. O espertalhão roubou lugar ao inteligente. O que importa é poder passar pau hoje, não importa a quem. E a amanhã logo se vê.”
Cabo Verde tem a oportunidade de reinventar sua justiça, transformando-a de instrumento de exclusão em ferramenta de construção de dignidade. O caminho é longo, mas começa com um passo simples: enxergar o infrator não como um problema a ser eliminado, mas como um cidadão a ser resgatado. Como muito bem lembrado por Dostoiévski: "O grau de civilização de uma sociedade pode ser julgado por suas prisões". Se quisermos um mundo mais justo, é tempo de trazer os excluídos para o centro do debate não como monstros a serem temidos, mas como espelhos de nossas próprias falhas coletivas.
O Presidente da República, José Maria Neves, concedeu na quarta-feira 19, Dia do Pai, indultos a reclusos “por razões humanitárias”, cumprindo estes os requisitos estabelecidos para regressar à liberdade, foi hoje anunciado.
Todos nós pertencemos a uma estatística qualquer: pessoas do grupo sanguíneo O-positivo, pessoas sem acesso a água potável, pessoas que falam três idiomas, pessoas que nunca andaram de avião, e tantas outras. Manuela faz parte do grupo de pessoas cujo nome do pai não consta na certidão de nascimento. Um vazio que a acompanhou desde a infância, até se tornar numa mulher independente, com clara consciência do que quer, e principalmente do que não quer da vida. Isto é uma contextualização um pouco injusta, devo admitir. É claro que ela é muito mais do que alguém que não foi...
O Governo do PSD, liderado por Luis Montenegro, caiu e Portugal deverá a ir a novas eleições menos um ano depois da demissão de António Costa. Mas era isso que o país precisava agora? Creio que não.
Onde estão as homenagens aos heróis da nossa cultura? Onde está o agradecimento por tudo o que nos deram? A verdade é que a responsabilidade não é apenas do Estado, mas de todos nós. Somos nós que nos refugiamos na desculpa de que a morte não vai chegar e acreditamos piamente que serão eternos. Somos nós que ignoramos aqueles que, um dia, foram os pilares da nossa cultura. A velhice não deveria ser uma sentença de isolamento, e o respeito pelos mais velhos não deveria ser opcional. Porque um dia, seremos nós… E quando chegar a nossa vez, será que alguém virá?
...os números absolutos e relativos mostram uma queda impressionante no número de eleitores que votaram nos ventoinhas em 2016 para aqueles que tencionam votar nesse partido em 2026; a queda de confiança no Primeiro Ministro é a mais elevada da série histórica e um número cada vez mais elevado de eleitores (65%) considera que o Governo está no caminho errado. O Governo escalou o elemento com mais baixo índice de confiança, o PM, para seu novo garoto-propaganda, o mesmo que conduziu o seu partido para o maior desastre eleitoral municipal de sempre, em 2024!