Cabo Verde é um país de heróis. Mortos e vivos! Conhecidos e anónimos! Um país construído com muita luta, suor e sangue. Um país próspero, porque habitado por homens e mulheres que desafiaram, e desafiam, as adversidades naturais, as afrontas políticas e sociais, a infidelidade histórica, a pelintragem ecuménica.
Neste mês em que as atenções estão sobremaneira centradas na mulher, o ICIEG lembra que o lar continua a ser o lugar mais perigoso para elas, em Cabo Verde e no resto do mundo. No nosso país, só no ano passado sete perderam a vida às mãos de seus companheiros ou ex-companheiros íntimos. A guerra contra este mal pode ser vencida, mas o esforço de toda a sociedade tem de ser contínuo e a longo prazo, diz o ICIEG, pela voz de Rosana Almeida, Kátia Marques e Isis LaBrunie, neste exclusivo ao Santiago Magazine.
A presidente do ICIEG disse esta sexta-feira, que o femicídio e as questões da VBG em Cabo Verde têm muito a ver com questões culturais e apontou a violência contra as mulheres como consequência de uma cultura machista.
1. Uma das formas mais eficazes para avaliarmos uma liderança está em analisar a maneira como a instituição liderada perdura após o seu líder cessar funções. O que, no limite, inclui a própria possibilidade de desaparecimento dessa instituição, após o afastamento - voluntário ou forçado - desse líder. Costuma-se recomendar que um líder deva preparar a instituição que lidera a ponto de ele mesmo passar a ser um indivíduo dispensável a essa organização. É à luz deste princípio que Amílcar Cabral ganhou para sempre o estatuto de um líder extraordinário. Construiu o...