Os acionistas islandeses que lideram a Cabo Verde Airlines garantiram esta sexta-feira, 10 de abril, que trabalham numa solução financeira de longo prazo e acreditam que, apesar de afetado, o projeto não está em causa, embora precisem do apoio do Governo cabo-verdiano.
O grupo Icelandair, que lidera a Cabo Verde Airlines (CVA), anunciou a que a companhia deverá apresentar resultados positivos em 2021 e para tal precisa contrair um financiamento de longo prazo.
Ministro do Turismo e Transportes, José Gonçalves, garantiu esta quarta-feira, 8, no Parlamento, que a Cabo Verde Airlines transportou, no mês de Dezembro, 10.100 passageiros, em 48 voos semanais realizados para 12 destinos internacionais.
No ano em que o mundo consagrou a morna, Cabo Verde abriu as fronteiras aos turistas estrangeiros, privatizou a companhia aérea, entregando-a a investidores islandeses e deixou os transportes marítimos nas mãos da empresa liderada pela portuguesa Transinsular.
O Governo de Cabo Verde esclareceu esta segunda-feira, em comunicado, que o processo de venda das acções da Cabo Verde Airlines decorre “dentro da total normalidade” e que “será completamente concluído a 31 de Dezembro” próximo.
A Cabo Verde Airlines adiou para o verão de 2020 o início da ligação aérea entre a ilha cabo-verdiana do Sal e Luanda, operação que deveria arrancar em dezembro, com a companhia a alegar “razões comerciais”.
O ex-primeiro-ministro, José Maria Neves, está “absolutamente de acordo com a privatização da TACV”, mas critica a falta de transparência no plano de privatizações do Governo, defendendo a criação de uma comissão parlamentar de acompanhamento.