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António Monteiro, que reagia aos resultados provisórios das eleições autárquicas em São Vicente, que ditou uma maioria relativa de Augusto Neves, esclareceu que este pedido de clarificação vai no sentido de salvar São Vicente.

“É preciso que eu diga. Nós, para defendermos a ilha de São Vicente, vamos ter que ver se realmente o presidente da câmara é eleito ou não. O Tribunal Constitucional vai ter que dirimir esse conflito”, afirmou o político considerando que se quiserem salvar São Vicente terão que pôr o MpD na oposição.

António Monteiro assegurou que, desta vez, vai assumir uma vereação na Câmara Municipal de São Vicente, mas reconheceu que “a gestão da autarquia será difícil” tendo em conta o resultado provisório das eleições que ditou uma gestão tripartida, entre o Movimento para Democracia (MpD), o Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV) e a UCID.

“Vai ser muito difícil. Porque o presidente actual, com os insultos que fez, foram tão graves, tão baixos, tão violentos, que não haverá nem capacidade para pôr a cara no homem e dar-lhe bom dia”, considerou a mesma fonte que não descarta uma coligação atípica entre os dois maiores partidos.

“A não ser que venha haver uma coligação impossível, em que o PAICV e o MpD juntam-se. Como há negócios conjuntos, negócios comuns que é o Carnaval, podem juntar-se”, analisou a mesma fonte para quem esta coligação é contra-natura, mas reconhece que “na política constuma-se ver muita coisa”.

Nas autárquicas deste domingo, 01 de Dezembro, o candidato do MpD, Augusto Neves, venceu em São Vicente com 11.238 votos (41.3 %), segundo dados provisórios.

O candidato do PAICV, António Duarte, conseguiu 7.192 votos (26,4%), o da UCID, António Monteiro, 6.688 votos (24.6%), o do movimento independente Socent Katem Parada, Nelson Lopes, 539 votos (2%) e o Movimento Autónomo Sãovicentino (MAS), de Carlos Araújo, ficou pelos 1,9% (511 votos).