Índice do volume de negócios dos serviços em Cabo Verde caiu 21,6% até março
Economia

Índice do volume de negócios dos serviços em Cabo Verde caiu 21,6% até março

O índice de volume de negócios no setor dos serviços não financeiros cabo-verdiano continuou em queda no primeiro trimestre de 2021, caindo 21,6% em termos homólogos, segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE).

De acordo com o relatório trimestral sobre os Indicadores de Atividade do Setor dos Serviços – que exclui serviços financeiros e seguros -, divulgado hoje pelo INE, trata-se, ainda assim, de um resultado superior em 17 pontos percentuais face ao trimestre anterior, quando a quebra homóloga foi de 39%, indiciando uma recuperação face ao final de 2020.

No período de janeiro a março de 2021, o indicador do INE aponta a influência das quedas homólogas nas secções de comércio por grosso e a retalho (-12,3%), da reparação de veículos automóveis e motociclos, transportes e armazenagem (-46,7%), e de alojamento e restauração (-91,2%), face ao mesmo período de 2020, antes dos efeitos da pandemia de covid-19.

O relatório trimestral Indicadores de Atividade do Setor Serviços (IASS) é um indicador que visa proporcionar indicadores de evolução a curto prazo em termos nominais, sobre preços correntes da atividade das empresas do setor dos serviços mercantis não financeiros em volume de negócios, emprego e remunerações.

Desde o segundo trimestre de 2020 que a economia cabo-verdiana foi fortemente afetada pelas consequências da pandemia, com quase dois meses de estado de emergência, diferenciado por ilhas, para conter a progressão da pandemia, levando ao encerramento generalizado das empresas e ao confinamento da população, tendo iniciado a recuperação no trimestre seguinte.

No quarto trimestre foi levantada a suspensão de voos internacionais por Cabo Verde, que vigorou de março a outubro de 2020, permitindo a retoma de alguma atividade turística.

Contudo, o turismo, que representa 25% do Produto Interno Bruto (PIB), continua com atividade reduzida, agravando a crise económica que o país atravessa e que já provocou uma recessão histórica de 14,8% em 2020.

Fonte: Lusa

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