Associação das agências de viagens e turismo diz que TSA só beneficia as grandes operadoras
Economia

Associação das agências de viagens e turismo diz que TSA só beneficia as grandes operadoras

A Associação das Agências de Viagens e Turismo de Cabo Verde (AAVTCV) está convicta de que a Taxa de Segurança Aeroportuária (TSA), que entrou em vigor a 1 de Janeiro deste ano, vai beneficiar sobretudo as agências internacionais que operam em Cabo Verde. Para que as congéneres cabo-verdianas venham também a ganhar com a TSA terão de modernizar-se. 

A AAVTCV acredita que a TSA é uma medida que “poderá ser boa no quadro de reforço da segurança e controlo das entradas e saídas de turistas e estrangeiros no país” e constituirá “uma oportunidade para as agências de viagens e turismo aumentarem o seu rendimento”. 

No entanto, afirma o presidente da AAVTCV, Mário Sanches, em nota de imprensa, “assim como está a maioria das agências de viagens cabo-verdianas não estarão em condições de beneficiar da mesma, pelo menos no imediato, pois que as nossas agências, na sua maioria, não funcionam propriamente como agências de turismo e, quando acontece, o volume de negócios é ainda pouco expressivo”. 

Dito de outro modo, “este novo quadro deverá beneficiar essencialmente as grandes agências emissoras de turistas” e, se as agências de viagens e turismo cabo-verdianas querem ter a sua parte nesse “importante bolo”, terão que “desenvolver mais a vertente do turismo e aumentar os seus negócios”, diz Mário Sanches. 

Modernização e ampliação: mercado oblige 

“Será necessário um programa de fomento empresarial e que possa ajudar as agências nesta necessária modernização e ampliação dos seus negócios” para “poderem assim acompanhar a evolução do mercado”, avisa o presidente da AAVTCV, que, desde que está à frente da associação, há sete meses, tem procurado alargar a sua base de parcerias. 

“Neste momento estamos em contactos avançados com a nossa congénere de Macau para uma forte parceria e que inclui áreas como a formação dos quadros associados, como também uma representação da AAVTCV, por forma a conseguirmos uma melhor promoção do destino Cabo Verde junto àquela e outras regiões chinesas e naquela parte do Globo”, anuncia Mário Sanches. 

Com o mesmo objectivo, a AAVTCV encetou contactos com a embaixada russa a fim de, em parceria com essa representação diplomática, “pôr de pé uma estratégia de comunicação virada para os operadores e turistas russos”. 

Contactos semelhantes forma feitos pela AAVTCV nos últimos dias junto do Turismo de Portugal com o objectivo de “trazer mais negócios para os pequenos operadores do ramo em Cabo Verde, que são a maioria das agências nacionais do ramo”, conta Mário Sanches. 

Se estas parcerias forem implementadas com sucesso, acredita o presidente da AAVTCV, a médio/longo prazo, estarão criadas “as condições favoráveis para que os nossos associados possam vir a beneficiar deste novo quadro de regulamentação da entrada de turistas e estrangeiros em Cabo Verde”.

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