Angolanos da BestFly interessados na privatização da CV Handling
Economia

Angolanos da BestFly interessados na privatização da CV Handling

O diretor-executivo da BestFly, Nuno Pereira, admitiu à Lusa o interesse da companhia angolana, que assumiu hoje a concessão do serviço público de transporte aéreo interilhas em Cabo Verde, na anunciada privatização da empresa pública CV Handling.

“Nós estamos abertos ao negócio. A verdade é essa”, começou por afirmar o responsável pelo grupo, que além de Angola e agora Cabo Verde, opera em Portugal, Dubai e República do Congo, tendo surgido inicialmente como empresa de handling.

“Nós acreditamos que podemos trazer valor, agregar riqueza para os sítios para onde vamos”, afirmou Nuno Pereira, em entrevista à Lusa.

O Governo de Ulisses Correia e Silva assumiu recentemente junto do Fundo Monetário Internacional que continua comprometido com o plano de privatizações iniciado em 2019, que ficou suspenso no último ano devido à pandemia de covid-19, prevendo retomá-lo.

Dessa lista, entre outras empresas, incluindo a concessão de serviços de públicos, está a CV Handling, empresa pública que assegura o apoio em terra às aeronaves nos quatro aeroportos internacionais e três aeródromos, que o Governo pretende privatizar.

“Estamos abertos a todos os negócios. Não posso entrar em detalhes, mas estamos abertos a todos os negócios, até porque nós, BestFly, começamos como uma empresa de handling”, afirmou o diretor-executivo do grupo, convidado pelo Governo cabo-verdiano a assumir a concessão emergencial, por seis meses, a partir de hoje, do serviço público de transporte aéreo interilhas em Cabo Verde.

A escolha foi anunciada na sexta-feira pelo Governo, perante a ausência, há várias semanas, de bilhetes e voos agendados pela Transportes Interilhas de Cabo Verde (TICV, do grupo espanhol Binter) a partir de 17 de maio – num aparente diferendo com o Governo, reclamando apoios financeiros devido ao impacto da pandemia de covid-19 -, sendo esta a única que operava, há quase três anos, as ligações aéreas internas.

Na lista de privatizações definida pelo Governo consta ainda, e entre outras, a concessão da gestão dos aeroportos, atualmente a cargo da empresa pública ASA.

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