Dizia-se que era leitor assíduo de Cheikh Anta Diop. Mas era só o caderno de dívidas do bar. Cada copo fiado, uma linha. Cada calote, uma repetição obsessiva da única frase que aprendeu a escrever: “Liketi ki fia.” Quando tentou levar o caso à justiça, o juiz, também devedor, devolveu-lhe o caderno com o sarcasmo burocrático de quem carimba sonhos em papel higiênico: — Isto não é prova. — Mas é testemunho, respondeu ele.
Para muitos cabo-verdianos e cabo-verdianas as eleições legislativas já deveriam ter começado "ontem". Precisamos mudar o “rumo” imediatamente, com políticas que coloquem o povo como prioridade e reconstruir o país, porque este governo “gordo/obeso e reforcado por caducos” não merece mais um dia no poder ou seja o Cabo Verde merece mais do que promessas vazias, mas sim, merece ação. É hora de “mudar o chip”, antes que seja tarde ou a história vai lembrar vocês como os responsáveis pelo colapso do país.
Mas sejamos francos: terá o país sequer condições para acolher emigração estrangeira? Temos hospitais suficientes, escolas capazes, políticas de integração, e habitação digna? Ou vamos apenas empilhar seres humanos em bairros clandestinos, onde a miséria é mais fácil de ignorar? Não é só incoerente, como é indecente! É urgente que perguntemos: a quem serve esta política? Quem lucra com este “intercâmbio de misérias”? E sobretudo, quem nos defende de quem nos governa?
Um grupo de empresários da Boa Vista apresentou esta quinta-feira, 17, na Procuradoria da ilha, um pedido de impugnação eleição do novo presidente do Conselho de Administração da Sociedade de Desenvolvimento (SDTIBM), alegando “irregularidades e má gestão”.
Não é por acaso que vários quadros competentes da República se esquivam de expor ao pleito das disputas políticas em Cabo Verde, porque esse terreno tem-se tornando tóxico, de baixo nível de debates na diferença, intolerante para com os novos brilhos de estrelas que em cada disputa se despontam no horizonte das constelações crioulas, tornando a nossa democracia cada dia mais desprovida do sal da diferença e, por conseguinte, mais preocupante e menos pluralista, abrindo brechas para espaços do populismo fora da arena dos princípios de valores e participação consciente que o voto...
O que foi feito, de facto, desde 2019? Quantas escolas ensinam morna como parte da identidade cabo-verdiana? Onde estão os centros de estudo, os arquivos sonoros acessíveis, as formações para os mais jovens? Quantos investimentos foram feitos que não sejam apenas placas, festas ou discursos vazios? Por que é que quem levantou esta bandeira com tanto suor foi sistematicamente ignorado? Por que é que muitos nomes foram varridos para baixo do tapete pelo antigo ministro da cultura que preferiu a vaidade à memória coletiva? A morna tem sido preservada sim, mas por teimosia e amor de...
A deputada do PAICV Eveline Ramos acusou hoje o Governo de “engavetar o relatório do concurso” para a asfaltagem da estrada que liga Calheta a Tarrafal e de se “remeter ao silêncio”