A reviravolta política desencadeada pelas eleições autárquicas em Cabo Verde é um dos eventos que marca o ano de 2024 no arquipélago e cujos efeitos deverão perdurar.
Um cofre de ferro guardou durante décadas várias mornas escritas pelo punho de Eugénio Tavares, considerado o Camões de Cabo Verde, sendo uma das várias relíquias que o sobrinho-neto guarda na sua casa-museu, em Sintra.
Músicos e estudiosos da morna, estilo musical cabo-verdiano que na quarta-feira completa cinco anos como património da humanidade, queixam-se da falta de um elo de ligação às escolas e às gerações mais novas.
Dados do último inquérito Bio-comportamental realizado pelo Comité de Coordenação do Combate à Sida (CCS-SIDA) apontam que em cada 100 pessoas que consomem drogas em Cabo Verde três vivem com o VIH.
Se tivesse alguma dignidade, se não estivesse amarrado ao poder, se tivesse alguma inteligência política ou, no mínimo, alguma dignidade, Ulisses Correia e Silva já se teria demitido.
...o que resta a Ulisses e aos seus fiéis é mesmo a porta dos fundos. Foi isso que o voto popular soberano expressou nestas eleições. O país precisa de respirar e livrar-se o mais rapidamente possível da entorse antidemocrática que o vem dominando. Apareça, dr. Ulisses, deixe de se esconder e assuma as suas responsabilidades, já provocou danos suficientes ao seu partido e ao país, a porta de saída está mesmo ali ao fundo à sua espera. Tenha, pelo menos, essa dignidade!
O ex-líder da bancada parlamentar do MpD, Paulo Veiga, quer que o partido se reúna depois da viragem “contundente” nas autárquicas de domingo, que considera ser “uma derrota do Governo”.