A nossa reflexão recai sobre o modo como caminha a nossa vida nessa época que chamaria de modernidade virtual e individualista, ou ainda como Bauman (2005) prefere dizer modernidade líquida/tardia.
1. Causa-me sempre estranheza quando vejo um quadro superior, com curso tirado numa universidade, a encher o peito e a dizer, afanosamente, como que para ser ouvido em todos os quatro cantos do mundo: "eu só faço o meu trabalho técnico". E, não poucas vezes acrescenta: "eu não tenho nada a ver com a política";
O salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor (Romanos 6:23)
Sr. Reitor.
Porfírio está cansado com a vida que leva e com a falta de recompensa. Sentado no recurvo do poial de pedra dura, começa a palestrar, sem que ninguém o tenha desafiado a tal ofício. Assim, olhando para Firmino, o sobrinho que ali está, para uma curta visita, sai com este inesperado palavreado «a vida vai mudar do nosso lado. E, finalmente, por impulso de nós próprio. Ninguém está cá para apontar a expectativa na direção do vácuo e disparar. Nem tampouco à espera do atrelado que o levará à parte que o desagrada. E para empreender esta abrupta viragem, este fulano...
1. Lembremo-nos da profunda dúvida de Sócrates: “ser ou não ser, eis a questão”, dizia o tal filósofo. Isto vem muito a propósito deste tempo abundante em dúvidas. Embora seja esta apenas uma das mais simples constatações das sociedades humanas: a da existência permanente de casos de dúvida – por onde escolher – entre duas situações antagónicas, representando extremos em oposição frontal;