O Governo autorizou a Direcção Geral do Tesouro a prorrogar o prazo do aval do Estado concedido à Freitas Catering Services, SA., no montante de 13.631.771 escudos contraídos junto do banco BAI Cabo Verde, SA.
Dois pormenores me chamaram a atenção na última semana. Digo pormenores porque, em boa verdade, aparentemente são situações que, não comportando gravidade extrema ou ilicitude, ainda assim, revelam sinais emblemáticos sobre as mundivivências das elites cabo-verdianas, do seu conceito de ética e da sua visão do mundo.
Os países mais pobres vão pagar juro mais altos que antes da pandemia, segundo o Banco Mundial, que revela que o serviço da dívida em 2023 custou 1,4 biliões de dólares, o mais elevado em duas décadas.
O governo de Ulisses não tem sido capaz de perceber o significado e os fundamentos da palavra SERVIR. E isto, convenhamos, não pode ser tolerado. Servir é sobretudo prestar contas. Não sendo capaz de servir, Ulisses não serve para governar. Tão simples assim! Sem mágoa, sem rancor, o evento de amanhã é o prenúncio do fim de um governo que anda há 8 anos desventrando Cabo Verde. As eleições autárquicas de amanhã são sobretudo uma oportunidade de escolha entre a escuridão e a luz. Haja discernimento!
O presidente do Sindicato da Indústria Geral, Alimentação, Construção Civil e Serviços (Siacsa), Gilberto Lima, denunciou hoje a precariedade laboral em Cabo Verde e exigiu o cumprimento das leis, apelando a uma acção mais decidida do Governo.
O parlamento começa hoje a discutir a proposta de Orçamento do Estado para 2025, que ascende a 98 mil milhões de escudos (889 milhões de euros), um crescimento de 14% em relação ao deste ano.
Fatiando o orçamento para viagens e estadias, tendo em conta tratar-se de um país pobre que gera escassas receitas, poder-se-ia poupar qualquer coisa à volta dos 500 mil contos, uma verba que, se canalizada para a área social e transformada em investimento público, retiraria muita gente da pobreza extrema. É que, para Ulisses Correia e Silva, os dinheiros públicos servem para tudo o que é desnecessário, até para tentar comprar consciências.