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Desapiedada miséria, triste realidade

Danielle da Veiga Gonçalves fez 14 anos de idade ontem, dia 8 de Fevereiro de 2020. Reside na localidade de Simão Ribeiro, arrabalde da cidade da Praia, numa casa, se é que é digno chamar-lhe «casa», composta por um único compartimento, assaz pequeno, sem cozinha nem casa de banho, sem mesa nem cadeiras, albergando apenas como recheio, uma cama, uma mesa-de-cabeceira e uma ventoinha que, acredito, seja o empréstimo de algum amigo de coração angelical.

PÁTRIA SOLETRADA À VISTA DO HARMATÃO. [MEDITAÇÕES * VIAGENS * RELATOS] 3**

UM ESPECTRO PAIRA SOBRE AS LETRAS CABO-VERDIANAS

PÁTRIA SOLETRADA À VISTA DO HARMATÃO (MEDITAÇÕES*VIAGENS*RELATOS) 1

                                         NOTA PRÉVIA

Obra poética NOSTALGIA. Um livro que transforma a alma

Tinha lido algures que escrever é entregar-se ao mundo, é revelar-se às pessoas, à sociedade, é deixar uma pilha de pistas sobre o que se ama, o que se pensa e acredita, sobre a vida, a história do mundo, a arte, o amor o sofrimento, a cultura entre tantas outras dimensões.

O renovar da esperança

“Chuva é a nossa riqueza”; “Chuva é o nosso governo” (…). Chuva é, indubitavelmente, a palavra de maior “ímpeto” no imaginário dos cabo-verdianos, principalmente dos homens e mulheres do mundo rural. Uma terra pobre, sem nenhum outro “ramo de pega” para além do mar e as suas gentes, o povo vive da esperança, renovada, anualmente, na “Chuva amiga” que cai quando cai… e nos enche sempre de esperança e alegria. Inspira sempre o seu povo: da literatura a música, da gastronomia a arte plástica, do teatro a poesia, da política a religião… todos buscam...