Para Cabo Verde “não se põe” a pergunta se valeu a pena a independência – frei Fidalgo

O frei António Fidalgo, antigo director do jornal Terra Nova, tido como um “lutador pela democracia no País”, diz que, para Cabo Verde, a pergunta se valeu a pena a independência  “não se põe”.

Crédito a mulheres e comércio domina microfinanças em Cabo Verde

O crédito é o principal serviço das instituições de microfinanças em Cabo Verde, concedido sobretudo a mulheres e ao comércio e serviços, segundo o mais recente relatório sobre o setor, consultado hoje pela Lusa.

A expressão geopolítica cabo-verdiana e estratégias do seu desenvolvimento económico, político e social: Breves comentários sobre algumas teses de desenvolvimento apresentadas [II]

"Se o CV reconhecer que a oferta do turismo de sol e praia não constitui condição suficiente do seu desenvolvimento, então ele continuará apostando em alternativas a essas ofertas, enriquecendo ou diversificando-as, contribuindo para ampliar os horizontes da nossa competitividade, em torno dessa esfera relevante do nosso desenvolvimento económico. Mas como? Pela filosofia constante de incentivo ao desenvolvimento dos turismos ecológico, residencial e/ou familiar, devendo ser associada à investidura de marketing e publicidade, visando a conquista contínua desses mercados emissores de...

Cabral não é marca de grogue e nem Iogurte de Banana

O problema nem é a direita, essa já se sabe que vê Cabral como entre parêntesis da história, justo o seguimento que mais tem feito e dignificado o Amílcar Cabral. O problema é mesmo a esquerda cabo-verdiana que se diz herdeira do homem e o trata como se fosse logotipo de campanha, mascote de congresso, ou biografia de bolso para agitadores de redes sociais que não leram uma linha do que ele escreveu. A esquerda que se diz cabralista, mas cala. Cala-se quando deviam berrar. Cala-se por estratégia, por medo de parecerem desatualizados, ou pior, porque se habituaram a usufruir da imagem...

“Rumado moda saco”

Depois de 50 anos de independência, o que o Povo precisa não são promessas ocas, mas barcos com condições dignas, camarotes com camas, WCs privativos e um mínimo de respeito pela sua humanidade onde, se alguém tiver de vomitar, seja apenas porque se esqueceu do comprimido milagreiro, e não por degradação pura. O Povo merece mais. Não merece vir enfiado num barco manco, aconchegado apenas pelo saquinho de plástico colorido entregue à entrada.

A ABERTURA POLÍTICA DEMOCRÁTICA DE 19 DE FEVEREIRO DE 1990 E AS SUAS DURADOURAS REPERCUSSÕES NA IRRUPÇÃO DE UMA DEMOCRACIA PLENA NA SOCIEDADE CABOVERDIANA

Assinale-se, a título de enquadramento geral dos processos e eventos políticos ocorridos no ano inicial de transição política de 1990 e dos seus imediatos pressupostos temporais e políticos, que, para além das circunstâncias políticas especificas advenientes da Declaração de Abertura Política Democrática e que levaram à criação do MpD e à publicitação da sua Declaração Política num relativamente curto período de tempo, o PAICV tinha programado a realização das primeiras eleições autárquicas do Cabo Verde pós-colonial para o mês de Novembro/Dezembro de 1989, tendo...

Ignorância tem açúcar! (Porque às vezes é doce ficar burro... até levar a dentada de um livro.)

Dizia-se que era leitor assíduo de Cheikh Anta Diop. Mas era só o caderno de dívidas do bar. Cada copo fiado, uma linha. Cada calote, uma repetição obsessiva da única frase que aprendeu a escrever: “Liketi ki fia.” Quando tentou levar o caso à justiça, o juiz, também devedor, devolveu-lhe o caderno com o sarcasmo burocrático de quem carimba sonhos em papel higiênico: — Isto não é prova. — Mas é testemunho, respondeu ele.