Finalmente chegou a notícia que todos estávamos à espera. Mesmo aqueles que alimentavam (e ainda alimentam) um suposto nacionalismo exacerbado, por razões meramente ideológicas, sabiam que a situação dos transportes aéreos em Cabo Verde não podia continuar como dantes.
Escrevemos estas linhas a propósito da afirmação do Primeiro Ministro de Cabo Verde de que os voos internacionais de e para São Vicente, não é um assunto do foro político, nem administrativo e, portanto, não é assunto do Governo.
É no mínimo estranho esta estratégia, quase que mórbida, dos contendores da arena política cabo-verdiana, em tentar surfar toda e qualquer onda do momento, que se julga poder trazer algum ganho político, por pequeno que seja, sem ter a mínima preocupação com os superiores interesses da Nação.
Em todos os países do mundo, o setor dos transportes é considerado a menina dos olhos do processo governativo. A capacidade de um país se comunicar, dialogar e interagir com os seus parceiros e com os seus cidadãos, mede-se, entre vários outros parâmetros, pela dinâmica e pelo grau de desenvolvimento do setor dos transportes. Nenhum processo de desenvolvimento consegue atingir os seus objetivos se não se dispensar uma atenção particular e holística ao setor dos transportes.
O Governo espera que “o grosso dos investimentos” nos aeroportos em 2019 provirão de parcerias publico-privadas, disse o ministro da Economia e Emprego, José Gonçalves.
Compreendem-se como Políticas Públicas, as ações do Estado que buscam atender as necessidades das populções, focando nas áreas da sociedade pelas quais encontram-se problemas de ordem social.
Andy Anjos, 31 anos, jornalista de moda, residente em Dakar, neste exclusivo ao Santiago Magazine, afirma que não “há financiamentos para este setor, não vejo nenhum programa nem da parte do governo nem da banca que beneficie ou suporte esta área”. Porém, ciente de que a moda é que movimenta a economia criativa e sendo uma pessoa que pensa grande e que gosta do desconhecido, vai em frente com o seu projecto de abrir uma agência de moda e artes, num setor “bastante machista, no sentido de ter uma grande presença masculina”.